Caiu a ficha da mídia. Requer enfoques diferentes o tratado e o contrato comercial da exploração de Itaipú. Ambos, por serem internacionais, só podem ser revistos de comum acordo entre as partes soberanas. É lícito, portanto, que o Paraguai apresente pedido de revisão dos preços de compra do excedente energético pelo Brasil. Cabe ao governo brasileiro apreciar a questão é dar uma resposta justa. Está certo também reconhecer que no plano moral a dívida histórica e social do Brasil com os paraguaios é enorme, dimensionada em decorrência da mortandade nos campos de batalha e das pesadas penalidades econômicas impostas após o fim da Guerra do Paraguai, o maior conflito bélico das américas em número de mortos e feridos, e que valeram até a ditadura Vargas, que a aboliu. Contudo, em termos comerciais de exploração da Hidroelétrica Binacional de Itaipú, o ciclo vicioso impôs ao Paraguai uma dívida progressiva com o Brasil, visto nunca ter pago com suficiência a manutenção da usina desde que foi construída na década de 70.
Por outro lado, o desejo do Presidente Lugo de vender a terceiros o excedente energético esbarra num obstáculo sério: o Paraguai não possui linhas de transmissão para dar conseqüência ao desejo presidencial. Em não tendo dinheiro para fazê-las no médio prazo, o novo governo paraguaio haverá de negociar essa exploração com alguma empresa estrangeira? Claro que não, ao socorro de Lugo virá o Presidente Hugo Chávez, disposto a financiá-lo com seus petrodólares. Será um negócio inaudito entre um coronel e um ex-bispo, onde o custo de oportunidade paraguaio será dimensionado pela estratégia geopolítica regional traçada no Palácio de Miraflores em Caracas. A bola está em campo novamente e o outrora modorrento jogo diplomático na América Latina volta a ficar animado.
Por outro lado, o desejo do Presidente Lugo de vender a terceiros o excedente energético esbarra num obstáculo sério: o Paraguai não possui linhas de transmissão para dar conseqüência ao desejo presidencial. Em não tendo dinheiro para fazê-las no médio prazo, o novo governo paraguaio haverá de negociar essa exploração com alguma empresa estrangeira? Claro que não, ao socorro de Lugo virá o Presidente Hugo Chávez, disposto a financiá-lo com seus petrodólares. Será um negócio inaudito entre um coronel e um ex-bispo, onde o custo de oportunidade paraguaio será dimensionado pela estratégia geopolítica regional traçada no Palácio de Miraflores em Caracas. A bola está em campo novamente e o outrora modorrento jogo diplomático na América Latina volta a ficar animado.
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