No último 20 de abril, uma mesquita foi incendiada na localidade de Colomiers, periferia de Toulouse, sul da França. Não houve reivindicação de autoria, como é comum neste tipo de crime. O incêndio, felizmente, só ocasionou prejuízos materiais.
Algumas semanas antes, túmulos muçulmanos havia sido profanados em Notre-Dame de Lorette, no norte do país.
A mídia brasileira, porém, diferentemente do que ocorre quando os ataques partem de facções radicais islâmicas, comeu mosca.
2 comentários:
Não por isso. Na ocasião, li sobre o assunto na Folha de São Paulo e no O Globo. Pesquisei agora no Google, e as notícias também repercutiram nas páginas eletrônicas desses jornais e ainda nos dos provedores Terra e Oi. O incêndio da mesquita mereceu também destaque na página do Ministério da Cultura. Da TV não sei, porque raramente assisto telejornais.
Importante dizer que os autores desses atentados são obviamente racistas, xenófobos vinculados ao neonazismo que cresce dia-a-dia na Europa, como a negar a possibilidade de uma União Européia, apenas possível se fundada no respeito ao sentimento cultural de seus habitantes. É um debate tão antigo quanto a concepção de unidade entre os países do continente.
Ataques a mesquitas, profanação de cemitérios árabes-muçulmanos, profanação de cemitérios judeus, incêndio de mesquitas, pichação de suásticas nas portas de sinagogas, todos tem a mesma inspiração e origem.
É verdade, Oliver. As raízes do racismo europeu são longas, no tempo e no espaço.
No Brasil, só vi notas (e, ainda assim, pequenas) na Folha OnLine e no Globo. Acho um espaço muito pequeno para a importância da discussão.
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