Gostaria de agradecer o convite da equipe do Flanar e a boa receptividade do professor Yúdice pelas boas-vindas. Vamos ao primeiro post.
especial para o Flanar
Em algum tempo, em algum lugar, por mais humilde (no sentido de posses) que se possa ser o indivíduo, alguns de nós já viveu um tempo glamoroso. Um tempo em que o simples fato de lembrar os “bons tempos” que subitamente nos pegou e de alguma forma, ainda não conhecida, acomete-nos por algo como “ondas de calor”, seguido de “palpitações no coração”, algo estranho como “um benfazejo sentimento de nostalgia” e outras reações químicas. Não sei como esse sentimento ou impressão pessoal é designado pelos especialistas, decerto há um termo. O que desconfio é que o ser humano, afinal, não consegue viver sem rotular tudo e qualquer coisa.
Que tal o blog abrir espaço para depoimentos dos leitores sobre qual foi o melhor ano de suas vidas?
Esta é a introdução para temas recorrentes aos quais me propus o desafio de colocar em exame. Comportamento, música, inteligência emocional, alerta aos pais sobre os perigos que rondam os seus filhos... Os flanares não colocaram nenhum cercado em torno de temas específicos os quais deva ou não escrever, porém, conhecendo a linha editorial do blog, tentarei, com redobrada responsabilidade, trazer aos leitores, uma conversa franca sobre certas distorções que hoje estão espalhadas em todos os lugares.
De antemão, acredito que o Flanar reúne na prática, o que começa a se destacar na blogosfera: a postagem coletiva num único blog. Acredito ainda, apesar de não ter um fundamento científico para sustentar a afirmação visto que não conversei sobre o assunto com nenhum dos flanares, que a possibilidade do leitor encontrar num único blog temas os mais diversos, como diversos são as expertises de seus colaboradores, deve refletir no contador de visitas. Mas isso é outra história.
Voltando ao glamour, li há algumas semanas num desses tablóides de futilidades encartados num dos grandes jornais de Belém aos domingos, uma turma falando sobre o que é glamour na noite de Belém.
Conheço alguns dos personagens da matéria – muito fraca e pejorativa – diga-se e desde já garanto que não tenho nada, absolutamente nada mesmo com a vida dos entrevistados.
Os entrevistados resignaram-se a dois pecados capitais:
1- Olhar apenas os seus narizes;
2- Recriminar a presença de jovens creio, maiores de 18 anos, num ambiente que tecnicamente eles podem estar é uma forma inaceitável de intolerância. Daí os personagens da matéria afirmarem em côro: “invadem o ambiente”, é uma das distorções recorrentes de gente que se sente melhor do que nós ou eles mesmos: é muita viagem! A reclamação por si só dá o tom da matéria.
Vamos abordá-la a seguir.
4 comentários:
Muitíssimo bem-vindo, meu amigo Val-André! É uma alegria te receber.
Quanto ao mérito da postagem, felizmente não li a matéria a que te referes. Mas ela me fez pensar num grande sucesso do pop-rock nacional dos bons tempos: Ultraje a Rigor cantando "Nós vamos invadir sua praia".
Não tratavam eles, na canção, sobre o direito de todos de usufruir do que mundo, ou a cidade, tem a oferecer, independentemente de classe social - ou, como acrescentas, de idade e outros que tais?
Abraços.
Extamente Yúdice. Eram tempos de protesto na letras, na energia do rock, na contestação das roupas, no corte provocante do cabelo, na estética de maneira geral.
Hoje o anestesiamento lisérgico de comprimidos de ectasy e outras "bombas" afastam qualquer possibilidade de contestação de nossa juventude. Politização então nem pensar e o resultado todos vemos por ai.
Obrigado mais uma vez pelo seu estímulo.
Val-André, um homem da cidade mais pujante do interior do Pará, postando do centro do poder nacional; excelente aquisição!
Seja bem vindo, novo Flanar. A casa é sua. Sinta-se à vontade.
Muito obrigado pela palavras Dr. Francisco e vamos em frente.
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