domingo, 7 de setembro de 2008

Nesse poço tem alçapão

Um clube com 103 anos; com um nome e uma marca conhecidos nacionalmente; com jornadas brilhantes em eventos esportivos de toda natureza; capaz de mobilizar milhares de pessoas em nome unicamente de uma paixão; com patrimônio estimado em mais de 70 milhões de reais. Toda esta história está, mais do que nunca, sob risco de acabar.

A incompetência e a desinteligência nunca atingiram níveis tão altos na administração do futebol paraense. Quando todos os torcedores achavam que o fundo do poço tinha chegado, a derrota ontem para o Rio Branco, do Acre, a desclassificação da série C do campeonato brasileiro e a queda para a recém-criada série D da competição abriram um alçapão para algo ainda mais sombrio.

O ápice do mandato de Raimundo Ribeiro à frente do Clube do Remo foi atingido. Ninguém, infelizmente, pode-se dar por surpreso quanto ao ponto em que as coisas chegaram.

6 comentários:

Anônimo disse...

Sinto muitíssimo Francisco. E não estou sendo irônico.

É ralmente uma pena que um dos mais tradicionais clubes paraenses tenha chegado a esse ponto. Essa situação denigre a imagem do esporte no estado do Pará como um todo.

Anônimo disse...

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Francisco, o RR nunca foi nem rima, nem solução para o REMO. Decididamente o nosso time não merece esse tratamento. Penso que não é o fundo do poço. Ainda vem coisa pior por aí. Só no Remo que um executivo com resultados danosos sob todos os aspectos permanece no lugar, até gerente de lojinha ou vendedor são obrigados a demonstrar resultados, senão ... Um abraço Hélder.

Francisco Rocha Junior disse...

Antônio, acredito na tua sinceridade. É triste e lamentável que as coisas tenham chegado a este ponto. A irresponsabilidade desta diretoria, espelhada na figura destrambelhada do presidente Raimundo Ribeiro, é imensa.

Francisco Rocha Junior disse...

Amigo Pantojão,
Nosso Clube ainda vive no início do século XX. Não chegamos aos anos 2000. E o pior é que tens toda razão: ainda não vivemos os piores dias desta derrocada. Dias muito sombrios nos esperam. Infelizmente.

Ivan Daniel disse...

O que aconteceu com o remo é o reflexo mais verdadeiro do que é hoje o futebol paraense. Estamos sumindo do mapa esportivo brasileiro.

Francisco Rocha Junior disse...

Estamos mesmo, Ivan, e isso, além de triste, é grave. Há um enorme mercado de trabalho cujas vagas vão sumir, se esta realidade se tornar definitiva. É esta uma dimensão pouco explorada das dificuldades pelas quais os grandes clubes esportivos da terra passam.