quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Comprometimento

José Roberto Arruda é o único governador do DEM, partido que experimentou as agruras do derretimento após a abertura das urnas nas últimas eleições municipais.

Em carta enviada a seu secretariado, o governador do Distrito Federal cobra mudanças na condução da máquina administrativa. Pede mais descentralização, menos burocracia e vê excesso de cargos comissionados.

Veja trechos do documento enviado aos seus secretários e tirem as suas conclusões:

Para pensar

Será que estamos tendo a coragem de descentralizar ? As reformas nas escolas pelas administrações regionais (administrações regionais equivalem às prefeituras que não existem no DF) deram um grande resultado. Por que não fazer o mesmo com os postos de saúde? Por que reagimos tanto à idéia da descentralização?”

Temos comissionados demais. Para tirar cópia xerox é necessário cargo de confiança? Que exagero. Eu penso que boa parte dos nossos cargos de confiança poderia ser substituída por servidores de carreira, ou até por serviços terceirizados, conforme o caso, com economia para a administração pública.”

“Se você acredita no que faz, chame a si a responsabilidade, supere obstáculos, encha o saco dos que atrapalham, vá atrás ao invés de ficar esperando, e resolva. Quem quer, resolve.”

“As últimas eleições deixaram ainda outras lições. Bons administradores foram reeleitos, independentemente de siglas partidárias ou rótulos ideológicos. E o que é uma boa administração? A que escraviza eleitores com falsas promessas ou a que responde as legítimas aspirações dos cidadãos?”

Fundamental também saber separar o que é interesse público do que é interesse privado, empresarial. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Quem se deixa confundir por esses interesses inconciliáveis não tem espírito público.”

Os grifos são meus.

2 comentários:

. disse...

Nem parece o chorão do painel do Senado.

Val-André Mutran  disse...

Segundo pesquisas anônima, Arruda está entre os três melhores governadores do Brasil. Acabou o tempo do buá, buá!