Descendo a minudências, o edital exige que todos os tapetes sejam de pura lã e que dois deles sejam iranianos, um da Índia e outro do norte da Turquia.
A presidente do TJE/BA agiu rápido e sua assessoria de comunicação mais ainda: já consta no sítio do Tribunal o devido esclarecimento. Segundo a desembargadora Silvia Zarif (o sobrenome batriça, como diz o CJK, deve ser mera coincidência), a assessoria de RP do TJE pediu que fossem comprados “tapetes do tipo persa”; a comissão de licitação entendeu que se tratava de “tapetes persas” e especificou suas características.
A assessoria de comunicação disse ainda que a presidente do Tribunal mandou apurar o equívoco e abrir sindicância para verificar responsabilidade. Por orientação do Conselho Nacional de Justiça, outrossim, a licitação foi cancelada.
Ah, bom. Então está compreendido.
2 comentários:
Diálogo hipotético antes da publicação do edital:
- Bota aí. Tapetes persas são essenciais para a boa administração da Justiça.
- Vou botar. Se colar, colou.
Diálogo hipotético após divulgação pela imprensa:
- Vamos dar uma desculpa esfarrada qualquer.
- Claro. E mandar apurar responsabilidades. Dos subordinados, é claro. Para demonstrar a nossa lisura!
- O saco vai ser aturar essa m... de tapete brasileiro!
- Maldita imprensa!
Ou então, Yúdice, depois que a bomba estourou, o mesmo administrador que disse "bota aí" (do 1o diálogo), virou-se gritando para o subordinado (provavelmente um estagiário) e lhe disse:
- Eu não falei "persa", imbecil... falei "do tipo persa"!! Tu és louco de me fazer uma dessas??
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