É certo que a Constituição Federal prevê que nenhuma pena passará da pessoa do condenado - vale dizer, ninguém será apenado por delito que um parente, amigo, cônjuge ou companheiro, por mais íntimo que seja, vier a cometer.
É certo também, no entanto, que o imaginário popular há muito incorporou a máxima de Goethe segundo a qual alguém pode ser identificado pelas pessoas com quem anda.
Mais certo ainda que tudo isto é o fato de que o foragido da Interpol Paulo Castelo Branco trabalhou como assessor e manteve parentes em cargos importantes na administração Duciomar Costa, na prefeitura de Belém, e que foi caixa de campanha do prefeito, quando este foi candidato.
Portanto, é difícil imaginar que Duciomar Costa não tenha semelhanças de caráter com Paulo Castelo Branco. Assemelham-se, inclusive, pelo fato de que ambos já foram julgados e condenados pela Justiça Federal, no âmbito penal. A diferença é que um conseguiu se livrar da pena pela prescrição e o outro, ao que tudo indica, passará uma boa temporada na cadeia. Se a Polícia Federal ou a Interpol o apanharem.
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