Ao protesto de Fábio Konder Comparato e de Maria Vitória Benevides, o editor da Folha de São Paulo confirmou sua intenção revisionista quanto a ditadura militar brasileira de 1964 e, com a truculência própria dos fascistas, insultou os professores e aos leitores com a seguinte nota:
A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua "indignação" é obviamente cínica e mentirosa.
O problema do revisionista é este: são traídos por uma crença tola na maleabilidade da interpretação da história e no esquecimento dos acontecimentos na medida em que as gerações se sucedem, especialmente num país de escandalosas desigualdades econômicas e culturais. Enquanto alijados do poder, os que forjam a argamassa do revisionismo procedem com aquela malignidade de baixo impacto lida no editorial da Folha de São Paulo. Entretanto, quando players de governos de extrema direita, tornam-se perigosos dobermans prontos para abocanhar os inimigos do regime, pregá-los na cruz e depois chamarem os urubús.
Mas contra ato há argumento, ensinou-nos Carlos Heitor Cony em corajoso livro publicado no alvorecer do golpe de 64. Eis portanto, aqui, alguns nada meritórios da história política do jornal Folha de São Paulo, e que explicam o saudosismo da ditadura militar, que para os Frias foi sem dúvida branda, brandíssima, uma brisa de fim de tarde.
A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua "indignação" é obviamente cínica e mentirosa.
O problema do revisionista é este: são traídos por uma crença tola na maleabilidade da interpretação da história e no esquecimento dos acontecimentos na medida em que as gerações se sucedem, especialmente num país de escandalosas desigualdades econômicas e culturais. Enquanto alijados do poder, os que forjam a argamassa do revisionismo procedem com aquela malignidade de baixo impacto lida no editorial da Folha de São Paulo. Entretanto, quando players de governos de extrema direita, tornam-se perigosos dobermans prontos para abocanhar os inimigos do regime, pregá-los na cruz e depois chamarem os urubús.
Mas contra ato há argumento, ensinou-nos Carlos Heitor Cony em corajoso livro publicado no alvorecer do golpe de 64. Eis portanto, aqui, alguns nada meritórios da história política do jornal Folha de São Paulo, e que explicam o saudosismo da ditadura militar, que para os Frias foi sem dúvida branda, brandíssima, uma brisa de fim de tarde.
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