Além do mais, a nossa governadora é azarada. Não bastassem as derrapadas que deu desde os primeiros momentos de seu mandato – como o episódio jamais esquecido da nomeação de esteticista e cabeleireiro como assessores especiais – e fatos outros que, pela gravidade, equivalem a verdadeiras colisões frontais ou capotagens múltiplas, além da enorme sensação de marasmo governamental, o que não depende exatamente da sua atuação também lhe tem sido desfavorável.
Uma escola de samba de Macapá decidiu homenagear o Pará no carnaval deste ano. A imprensa e a blogosfera relataram graves confusões ao final do desfile, acabando com a festa. Mas nada que se compare à acusação de estupro contra uma criança, que caiu sobre a cabeça de um dos irmãos de Ana Júlia, no preciso momento em que os olhos do país se voltavam para nós, devido à CPI da pedofilia, primeiro a estadual, agora a federal.
Naturalmente, ela não tem nada com isso, mas os efeitos pessoais podem ser terríveis, a começar pelo mal estar que, imagino, uma pessoa de bem sente quando pensa que alguém tão próximo possa ter feito algo tão terrível. A governadora chorou, disseram. Eu também choraria. Mas ela ainda tem contra si o peso de comandar autoridades de cuja atuação pode sair a cabeça do irmão numa bandeja sem valor. Eu acho que isso é um azar danado.
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