terça-feira, 3 de março de 2009

Posição oficial do Brasil sobre o atleta cubano

Vergastado por setores que acusam o governo brasileiro - ou mais especificamente o governo Lula, o que dá no mesmo, mas ganha outra conotação - de ser conivente com o terrorismo, ao "proteger" o italiano Cesare Battisti, depois de ter deportado o atleta cubano Erislandy Lara, supostamente mostrando dois pesos e duas medidas, sempre pesando em favor dos malvados comunistas, o Ministério da Justiça tornou oficial a seguinte versão:

02/03/2009 - 14:01hAtleta cubano afirma que não pediu refúgio ao Brasil
Brasília, 02/03/09 (MJ) - O boxeador Erislandy Lara, que abandonou a delegação cubana durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, afirmou neste fim de semana o que o governo brasileiro sempre declarou à imprensa: nunca, em momento algum foi negado refúgio a ele e ao companheiro Guillermo Rigoundeaux.
Pelo contrário. Em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, Lara disse claramente que não foi obrigado a deixar o Brasil e que retornou a Cuba porque o plano de fugir para a Alemanha não tinha dado certo, mesmo depois de assinar um contrato com agenciadores. “Não foi pelo governo brasileiro, nem por ninguém. Já que as coisas deram errado, tomamos a decisão e quisemos voltar”.
A repercussão da fuga na mídia atrapalhou os planos do Lara e Rigoundeaux, que foram encontrados pela Polícia Federal numa pousada da região dos Lagos, no Rio de Janeiro. “Os advogados voltaram para a Alemanha e nos deixaram sozinhos”, lembra.
Os boxeadores prestaram depoimento à PF acompanhados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ) e de um procurador da República. Desde o primeiro momento, mesmo questionados, não manifestaram interesse em permanecer no país.
Na mesma época, outros três atletas cubanos também abandonaram a delegação, mas pediram para ficar e receberam a concessão do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Rafael Capote (técnico handball), Raynel Lamenas Ramirez (treinador de ginástica) e Michel Garcia (ciclista) passaram a ter o direito a residência, documento de identidade, atendimento na rede pública de saúde, emprego, financiamentos bancários e crédito imobiliário, além de proteção jurídica e diplomática.


Na página do MJ há um link para o vídeo do atleta.

Nenhum comentário: