segunda-feira, 2 de março de 2009

Questão de hábito

Quem nunca ficou um tempo interminável de pé, numa fila de banco, aguardando a sua vez, enquanto à frente um miserável pagava uma quantidade de contas da espessura de um tomo de enciclopédia, que atire a primeira pedra! Aquele único miserável conseguia retardar a nossa vida em muitos minutos.
Felizmente, nunca mais passei por isso. Mas hoje, graças à misericódia divina, vou a uma agência bancária apenas quando necessário. E se ainda pago muitas contas no caixa eletrônico, é pela facilidade de ter um bem perto de mim, em local seguro. O que não me livra dos sermões de minha esposa, uma legítima profissional da informática, que paga todas as suas contas pela Internet e, inclusive, faz agendamentos, para não perder o vencimento. E eu sou o campeão de pagamentos intempestivos. Se somássemos o que já paguei de juros por causa de atrasos perfeitamente evitáveis... deixa pra lá.
Hoje dei uma entradinha no banco e, há poucos minutos, efetuei dois pagamentos por via eletrônica. As duas situações me levam a pensar que, por incrível que pareça, boa parte dos aborrecimentos que temos, em agências bancárias, derivam do fato de que as pessoas insistem em não mudar de hábitos, mesmo que isso lhes traga apenas benefícios. Sei que a inclusão digital ainda está longe do ideal, mas se todas as pessoas que efetivamente têm acesso à Internet a utilizassem para suas atividades bancárias, aqueles que não têm escolha acabariam sendo poupados. Refiro-me, em especial, a empresários, que poderiam ter o bom senso de pagar suas muitas contas por via eletrônica, tornando o boy um ser humano menos odioso aos olhos dos demais infelizes nas filas.
O que falta, afinal, para as pessoas evoluírem?

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