Caetano Veloso, além de um sítio oficial excepcionalmente bem feito, tem um blog que se chama Obra em Progresso. Polêmico no DNA, Caetano não poderia deixar passar em branco a questão da ilha de Cuba, polêmica por excelência e motivo de discussões apaixonadas, que frequentemente descambam para a pancadaria após alguns momentos de tentativas de suposto exercício lógico, por parte dos contendores.
Mas o genial músico, apimentou, meio que sem querer o velho debate, ao lançar seu último CD de nome estranho: zii e zie. Nele, plantada em meio a outras músicas que ainda estou por ouvir e, calmamente, pensar, está o cerne de uma polêmica requentada. A música A Base de Guantánamo, que você pode ouvir no vídeo acima.
Com a sempre inestimável ajuda do letras.mus.br hospedado no portal Terra, transcrevemos as letras originais da música.
A Base de Guantánamo
Composição: Caetano Veloso
O fato dos americanos
Desrespeitarem
Os direitos humanos
Em solo cubano
É por demais forte
Simbolicamente
Para eu não me abalar
A base de Guantánamo
A base
Da baía de Guantánamo
A base de Guantánamo
Guantánamo
Mas o genial músico, apimentou, meio que sem querer o velho debate, ao lançar seu último CD de nome estranho: zii e zie. Nele, plantada em meio a outras músicas que ainda estou por ouvir e, calmamente, pensar, está o cerne de uma polêmica requentada. A música A Base de Guantánamo, que você pode ouvir no vídeo acima.
Com a sempre inestimável ajuda do letras.mus.br hospedado no portal Terra, transcrevemos as letras originais da música.
A Base de Guantánamo
Composição: Caetano Veloso
O fato dos americanos
Desrespeitarem
Os direitos humanos
Em solo cubano
É por demais forte
Simbolicamente
Para eu não me abalar
A base de Guantánamo
A base
Da baía de Guantánamo
A base de Guantánamo
Guantánamo
3 comentários:
Criticam Fernando Henrique Cardoso, com justa razão, por não saber ser ex-presidente e opinar todo santo dia sobre como Lula deve governar o país. Um chato de galocha, sem dúvida, arrogante e atormentado com a popularidade do presidente semialfabetizado.
Mas o que dizer de Caetano Veloso? Inegavelmente um dos melhores e mais importantes nomes de nossa MPB, acreditou quando algum infeliz inventou que os artistas brasileiros são intelectuais e devem ser consultados sobre os assuntos mais relevantes da nação. E agora, pelo visto, da política internacional também. Opinando sobre tudo, ciente de que tudo que fala ganha enorme repercussão, acabou se tornando um chato de galocha. Ou não.
A coisa mais certa do que ele disse foi, em sua tréplica, "sou um artista". É isso mesmo. Ele é um artista, não um cientista político. Pode ser culto e estudado, mas ainda assim não tem nenhuma autoridade para falar sobre Cuba ou os Estados Unidos. É apenas um palpiteiro, como nós mesmos, blogueiros. Irrita é ele ser tratado como uma voz autorizada. Aí gastamos o nosso tempo debatendo sobre as ideias de Caetano Veloso, quando deveríamos estar apenas curtindo suas canções. E as antigas.
Paulo Francis, com aquela língua pecadora e original, disse certa vez que Caetano filosofava ao modo de um tuxaua.
A verdade mesmo é que Caetano sempre foi de querer organizar o movimento, orientar o Carnaval, mas quando fala de política fica naquela confusão de prosódias, numa profusão de paródias, que ficam bem mesmo só em música.
Mais ou menos como o genial Gláuber Rocha, também baiano, que sabia fazer política no cinema, mas não resistiu elogiar como "gênio da raça" o general Geisel, ícone máximo do regime militar que tanto o cineasta combatia como militante e exilado político.
Quanto a letra achei-a poeticamente fraquinha, mas quem sabe cantada funcione.
Em minha opinião, musicalmente, funciona sim.
E bem.
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