Este é um momento tenso: estamos a três dias do Dia dos Namorados. Data feliz para uns, insignificante para outros, exaurida para terceiros, um verdadeiro terror para uma outra categoria, por sinal bastante numerosa, de indivíduos. Parece que, no Dia dos Namorados, um holofote se acende sobre quem está avulso e todo mundo - todo mundo mesmo - toma conhecimento de nosso infortúnio. Posso falar porque já passei muito por isso. Houve um tempo em que eu odiava plenilúnios. Felizmente, tempos idos.
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Além do mais, o Dia dos Namorados movimenta o PIB. Fora os presentes que o comércio nos conclama a comprar, restaurantes e moteis precisam desse acontecimento para faturar acima da média. Se assim é, os empresários deveriam ser mais inteligentes e estimular o amor, por meio de campanhas publicitárias agressivas. Mas que nada: ficam só esperando os felizardos abrirem as carteiras, se tiverem motivos ou condições para isso. Quando muito, uma propagandinha mixuruca aqui, outra ali, para vender este ou aquele produto. Não falo disso, e sim de uma campanha supostamente desinteressada, conclamando as pessoas a amar. Podiam se reunir num consórcio de empresários, dividindo as despesas com a campanha, da qual todos se beneficiariam depois. Falta de visão.
E como não poderia deixar de ser, há aqueles que rompem relacionamentos nesta época, para economizar presentes e demais custos. Uns cretinos, que criam cenas patéticas de olho numa reconciliação dali a uma semana ou menos, com direito a reconhecimento de culpa, pedidos de perdão e promessas de reforma íntima.
Ah, o coração humano! Quantos sentimentos cabem dentro dele! E de todo tipo...
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