Ontem não foi um dia fácil para o governo do Estado: quatro (e não três, como anunciou o Diário do Pará de hoje) decisões judiciais colocaram a governadora Ana Júlia na parede.
A primeira bloqueia bens e contas bancárias dos envolvidos na compra dos já famosos kits escolares distribuídos aos alunos da rede pública de ensino, inclusive a secretária Iracy Bila Gallo.
A outra impôs novamente ao Estado a exoneração sumária dos servidores temporários e a nomeação e posse imediata dos aprovados em diversos concursos públicos com prazos em vigor.
A terceira embargou as obras do projeto Ação Metrópole, notadamente no trecho que atravessará (ou atravessaria?) o Parque Ambiental de Belém.
A última, finalmente, determinou o afastamento da presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (FUNCAP) de seu cargo.
Não dá para dizer qual causou maior irritação no governo. Mas há de se lembrar que em países onde as instituições funcionam, o Executivo tem que contar sempre com estas marchas e contramarchas. É este um sinal de que o Ministério Público e o Judiciário estão, afinal, trabalhando.
3 comentários:
O blog do Rodrigo Moraes da União da Juventude Socialista disse que é uma tentativa d4e golpe das elites para desestabilizar o governo da Ana Julia.
São cegos ou se fazem de cegos?
Não é privilégio da esquerda, Renato.
Qualquer dia conto aqui uma pérola que ouvi de um ex-governador, que nada tinha de petista, quando participei de uma reunião pela PGE para tratar da posição da Administração Pública em relação a determinada decisão judicial que determinou o bloqueio de contas de uma estatal.
De fato, há uma certa cegueira nos setores políticos de qualquer governo quando seus projetos são objetados. A grita é sempre a mesma: trata-se de uma golpe. Você não vê a cara-de-pau do presidente do Senado ao dizer que a mídia estava querendo atingi-lo, ao denunciar os vergonhosos atos secretos da Casa Alta do parlamento brasileiro?
Renato, não são cegos não. Trata-se tão somente de desonestidade intelectual.
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