Desde o início, causou-me espanto a droga conhecida como propofol, estar relacionada como uma entre as inúmeras que Michael Jackson estaria utilizando. Simplesmente não concebia este fato. Pela singela razão de ser uma droga absolutamente restrita a uso hospitalar, em especial, ambientes de centro cirúrgico e UTIs. Motivo: é um potente anestésico. E como tal, produz parada respiratória, que é desejável nestes ambientes, seja pela ocorrência de um ato cirúrgico sob anestesia geral e ventilação artificial, seja pela necessidade de fornecer conforto a quem precisa estar conectado a um ventilador mecânico em uma UTI. Neste sentido, quando se decide pela sua utilização, há que se ter bem próximos e prontos para uso, recursos de ventilação artificial, que podem bem ser desde uma simples máscara conectada a uma bolsa de insuflação manual até tubos orotraqueais conectados a ventiladores artificiais. E também, saber manuseá-los. E isso, definitivamente, não é conhecimento para qualquer um. Há uma longa curva de aprendizado neste sentido.
Aos leigos, recomenda-se o conhecimento das técnicas de reanimação cárdiorrespiratória, que incluem ventilação boca-a-boca e massagem cardíaca externa, o máximo que um passante pode fazer por alguém em parada cárdiorrespiratória. E não é pouco!
Mas agora, parece que as coisas se complicam para o Dr. Conrad Murray, médico que segundo informam os noticiários internacionais, estava presente na casa de Michael no dia de sua morte. Agora, fontes informam que ele também lhe teria administrado o propofol em ambiente doméstico, obviamente inadequado e absolutamente inseguro para o uso deste fármaco.
Em se tratando de sedativos, há que se ter redobrado cuidado na sua prescrição, bem como aconselhamento adequado quanto as suas interações medicamentosas, vida média, antídotos e efeitos colaterais, alguns desejáveis e outros presumivelmente indesejáveis. Melhor mesmo, é não precisar deles. Mas há situações onde seu uso é plenamente indicado. E estas, só o seu médico de confiança pode apontar. Desde que, (ao que parece) ele não seja o Dr. Conrad Murray.
Aos leigos, recomenda-se o conhecimento das técnicas de reanimação cárdiorrespiratória, que incluem ventilação boca-a-boca e massagem cardíaca externa, o máximo que um passante pode fazer por alguém em parada cárdiorrespiratória. E não é pouco!
Mas agora, parece que as coisas se complicam para o Dr. Conrad Murray, médico que segundo informam os noticiários internacionais, estava presente na casa de Michael no dia de sua morte. Agora, fontes informam que ele também lhe teria administrado o propofol em ambiente doméstico, obviamente inadequado e absolutamente inseguro para o uso deste fármaco.
Em se tratando de sedativos, há que se ter redobrado cuidado na sua prescrição, bem como aconselhamento adequado quanto as suas interações medicamentosas, vida média, antídotos e efeitos colaterais, alguns desejáveis e outros presumivelmente indesejáveis. Melhor mesmo, é não precisar deles. Mas há situações onde seu uso é plenamente indicado. E estas, só o seu médico de confiança pode apontar. Desde que, (ao que parece) ele não seja o Dr. Conrad Murray.
7 comentários:
Certamente, o médico não ministraria propofol para qualquer paciente. Mas não estamos falando de um paciente qualquer, e sim de alguém cuja aura levaria um médico a se arriscar desse jeito, num país em que profissionais efetivamente perdem as suas licenças.
Murray deve estar em pânico hoje em dia. E perdendo pacientes.
É verdade, Yúdice. Mas leia a íntegra da notícia da CNN que vc vai ver que o Murray, possivelmente já estava enrolado há algum tempo. O que admite um outro surpreendente cenário.
O Médico e o Monstro. Resta saber quem era quem ali.
Mas, não esqueçamos que o dr. Conrad Murray, praticamente, morava na casa do Michael.
Muito interessante um comentário escutado na Record ontem, onde o presidente do CRM de São Paulo explicava que se fosse no Brasil o Estado é que teria que provar que o médico é culpado,porque aqui todos são inocentes até que se prove o contrário.
Lá o médico é que tem que provar ser inocente.
De fato, interessantíssimo, Renato.
Bobagem do Presidente do CRM, aqui é igual a acolá, quanto ao ônus da prova (salvo alguns casos, como aqui também).
São fortes os indícios de uso desse medicamento extremamente perigoso, quando usado fora do ambiente cirúrgico e intensivo e por mãos inábeis.
Hoje no O Globo há uma entrevista com a nutricionista de MJ e ela testemunha que viu de manhã, e mais de uma vez, o médico descer com cilindros de oxigênio do quarto de MJ. Informa também que na ocasião da morte, por volta de 12 horas locais, os filhos do cantor estavam na casa e foi um corre-corre tremendo, com mais de uma ambulância chegando ao local.
Quanto ao comentário do presidente do CRM paulista eu não li, nem ouvi, mas concordo com Lafayette.
Postar um comentário