Querer arvorar-se em bambambã do Direito Administrativo, dizer que a ação civil pública movida pelo Estado contra a intenção da prefeitura de Belém de privatizar o serviço público de abastecimento de água da Capital é "a coisa mais estúpida" que já ouviu e, ainda, que o Procurador Geral do Estado é sua "cria lá da universidade" e que "já estava formado quando ele entrou no curso" é bem a cara do Sr. Raul Meireles, que vive em outro mundo (você pode comprovar aqui e aqui).
Meireles poderia ao menos ser elegante. Mas, ao que parece, não tem vocação para isto. Dizer que iria "telefonar para ele [Ibraim Rocha, Procurador Geral do Estado] pra descobrir de onde ele tirou tanta besteira" e que o PGE não "pode sair assim dizendo essas bobagens para a imprensa" é de uma grosseria ímpar.
Os cidadãos e consumidores preferem ouvir menos adjetivações e mais explicações sobre o interesse da prefeitura de privatizar o SAAEB. Isto, sim, seria bom Meireles explicar.
Fonte: Amazônia Jornal, 25/08/2009.
16 comentários:
Se privatizar melhorará o abastecimento e a qualidade dos serviços é papo pra depois...
Neste papo aqui, meto minha colher pra colocar um coisinha no seu devido lugar.
O Ibraim é da minha turma da Federal.
Lembro do Raul Meireles fazendo umas matérias atrasadas (dele) à época (conheci-o na sala), portanto, ele não estava formado quando o Ibraim, e eu, entramos no curso em 1991 (primeira turma da volta do seriado).
Pois é, Lafa.
Se o Sr. Meireles não consegue dizer sequer a verdade sobre sua formação acadêmica, poderá dizê-la sobre a privatização do serviço de águas da capital?
Meus caros, Meireles poderia estar formado desde a turma de Clóvis Bevilacqua, que de nada adiantaria. Na faculdade, ele já era político e seu objetivo de vida era a política, nunca o Direito, sequer num sentido instrumental. Para o que ele faz, do jeito que faz, conhecimento jurídico não importa. Acho que ele só queria o diploma, mesmo, quiçá para dar alguma alegria a um pai que sonhava em ver um filho dotô.
O resto é grosseria, mesmo, como constatei pessoalmente na época em que fui assessor na CMB. Quanto a Ibraim, que também conheci pessoalmente na UFPA, sei que é um batalhador, sério e muitíssimo aplicado. A peleja entre os dois é inglória. Para Meireles, obviamente.
Concordo plenamente, professor.
Sinceramente, prefiro quando o sr. Raul Meireles não abre a boca para explicar nada.
É lamentavel essa bandeira da privatização do serviço de água. Olhem para a 'Luz' que o sr Almir vendeu. A conta quem paga até hoje somos nós, e cada vez mais alta. Não sei onde vai parar, se é que vai parar de subir. Como se diz em Caruaru, Vira casaca não merece confiança. Se te desejar um bom dia é prudente olhar pela janela e ver se o dia está bom. Conferir, desconfiar, colocoar sob suspeita é como canja de galinha pra doente. Não faz mal, e prudencia é bom que se diga, está na hora de exercermos toda com esses profissionais da política.
Sai de retro, já para o esgoto!
Gostaria de manifestar minha opinião sobre este assunto tão importante e polêmico: a privatização da Cosanpa.
Primeiro, gostaria de deixar bem claro que repudio qualquer tentativa de privatizar os serviços de abastecimento de água em qualquer Município ou Estado do Brasil. A água, por concepção, é e sempre será um bem social - a que todos os cidadãos devem ter acesso, não devendo jamais ser explorado apenas com olhar comercial.
Já analisando a situação atual da Cosanpa, acredito que não haja muito mistério para desvendar a solução de tal impasse:
1 - A Prefeitura quer o valor de R$ 73 milhões pelo patrimônio do Saaeb, para incorporá-lo ao da Cosanpa. Nada mais justo do que pagar pelos investimentos já feitos pelo Poder Municipal. Mesmo que, no meu entendimento, esta quantia esteja um pouco superfaturada;
2- Governo Estadual diz não querer perder a concessão do abastecimento de Belém para o município. Se formos analisar bem, basta efetuar o pagamento solicitado pela Prefeitura de Belém e tudo estará acertado. O município passa a ser agente fiscalizador da qualidade dos serviços oferecidos pela Cosanpa e esta, por sua vez, regulariza sua situação como concessionária de fato do abastecimento de água em Belém. É importante salientar neste momento que a governadora Ana Júlia, em 2006, tinha como meta de Governo, se eleita fosse, a não-privatização da Cosanpa e o investimento de milhões de reais. Ela dizia que a privatização seria o objetivo de seu adversário Almir Gabriel.
Pela análise do balanço da Cosanpa de 2007, é nítido o repasse de R$ 73 milhões do governo estadual para a Cosanpa, contra R$ 24Milhões de repasse/ano no governo anterior, o que comprova um aumento em despesas de R$ 36 milhões/ano, injustificáveis quando falamos em investimentos, porém totalmente justificáveis quando verificamos a folha de pagamento de DAS's atual. Por que então não enxugar a folha de pagamento, retornando o quantitativo e valores de DASs ao que era antes, e negociando o valor poupado com o município para obter enfim a concessão do abastecimento de água? Ao governo estadual basta força de vontade, muito mais vontade do que força. Pois é simples dizer que é contra a privatização mas não agir, não querer negociar.
3- Por fim, também é necessário comentar quanto a qualidade atual dos serviços de abastecimento e sobre os resultados alcançados pela Companhia: também há solução! A Cosanpa necessita de gestores sérios e comprometidos em saneá-la. É de conhecimento público que esta dita gestão está hoje por conta do PMDB, erro gravíssimo para o fim que é proposto. A Cosanpa tem investimentos altíssimos contratados junto ao Bird, BNDES, Caixa Econômica Federal, sem falar dos investimentos do PAC. Nunca na história da Cosanpa se viu tanto investimento. Falta apenas direção, integridade, gestão, seriedade para tirá-la desta situação.
Ainda acredito que este possa ser apenas um capítulo a ser esquecido na história da Cosanpa para o bem dela e muito mais para o bem de todos os cidadãos. Vendo o verdadeiro lado da moeda, o que vocês pensam agora sobre este assunto?
Das 18:12, muito obrigado pela sua presença e comentário.
O assunto merece ir para a "ribalta", e assim será tratado amanhã.
O Raul sempre foi esse poço de "delicadeza", e com essa turminha com a qual ele anda, então, aumentou o grau de finesse dele...
Eu queria ver ele prestar concurso e ser aprovado para o cargo de Procurador do Estado. É sempre assim. Esses "gênios" que só conseguem ocupar cargos por indicação política não conseguem ser aprovados em um concurso que seja. Mas sempre querem se declarar autoridades mundiais em Administração Pública.
Quando não tem nenhum amigo no poder eles amargam uma pindaíba de dar gosto, pois sem QI não arrumam trabalho.
É bem a cara da turminha que anda amesendada com o Falsário mesmo...
Meu caro Alan,
Você está corretíssimo. A carapuça também serve a outros amigos e antigos companheiros de turma deste mesmo administrador, aboletados em outras esferas de poder.
No fundo, falta realmente aquilo que a RFB quer proteger: profissionalismo na gestão pública. O resto é armazém de secos e molhados, parafraseando Millôr.
Tudo bem e correto o que disseram sobre o Raul. Eu o conheço e também sei que é apenas um politiqueiro, de qualidade duvidosa.
Agora, vocês precisam admitir que esse senhor Ibraim também não é de hoje que espalha declarações que não se coadunam com seu cargo. Falar em entrevista coletiva à imprensa, em nome de um poder público que acionará outro judicialmente, com a expressão : " a PMB não pode agora dizer PIRA PAZ NÃO QUERO MAIS ", é o fim, não da picada, do despropósito mesmo.
Das 12:44, respeito sua opinião. Mas não parece haver comparação entre as expressões, as intenções e as biografias, de lado a lado.
Também concordo com o anônimo das 12:44h...
...se eu fosse o Ibraim... ah, se eu fosse o Ibraim...
Diria:
"A PMB não pode dizer, agora, que é "café-com-leite", e ficar se "abicorando" pelos cantos. Meu amigo, agora é "escapole-deixa", "bate-ficou", "lauvaielepenoso", pois "desculpa de amerelo é comer barro", e "vem quente que estou fervendo", pois "vou cortar e aparar", pois meu "cerol é do Cobra"!
:):):):):):):):):):)
Ou então assim: Vamos decidir no jogo de peteca paga .. não vale errar de palmo em cima!!!!!
Ahahahahahahah!
Espirituosos, todos!
É, Carlos, parece brincadeira... putz, o pior é que não é! ;-)
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