quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Eu sei o que você fez no verão passado

Realmente, há quem não tenha jeito.

Fernando Collor foi expulso da cadeira da presidência da República na esteira do escândalo do PCgate. Passou oito anos sem poder votar e ser votado. Ainda que tenha sido um período de dolce farniente, foi execrado, tendo seu nome definitivamente associado à corrupção e ao que de pior existia no país. Nem por isso ficou menos arrogante ou boquirroto.

Anteontem, Collor envolveu-se em um bate-boca no plenário do Senado com Pedro Simon, ao defender José Sarney da moção que o senador gaúcho fazia para que o presidente do Senado renunciasse. Collor, para não deixar de ser Collor, excedeu-se, quase soltando impropérios contra Simon.

Simon declarou, ontem, que pretendia representar contra Fernando Collor na Corregedoria do Senado por quebra de decoro. À saída do Congresso, indagado por um repórter sobre o que achava da declaração do senador Pedro Simon, Collor saiu-se com um “ah, manda ele...” e entrou no carro.

Decididamente, o grosseiro e mal-educado candidato à presidência da República de 1989, que tinha “aquilo roxo”, voltou à cena. Hoje, a figura só engana o povo de Alagoas – e ainda assim tem espaço no Planalto.

3 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Infelizmente, qualquer um que assuma o posto de soldado de Sarney terá espaço - e muito - no Congresso. Assim, poderemos ter a efervescência do que há de pior no país, consequência natural de ser o atual Congresso Nacional o que é.
É só pensar: estivéssemos num campo florido e o sol esquentasse, sentiríamos mais forte o cheiro das flores. Mas estando num charco...

Lafayette disse...

É como eu disse lá no meu blog, se alguém me fala que repito coisas de hebdomadários, que fico deblaterando e que sou um parlapatão… ah, eu saio no braço com o cara! rsrsrsrsrsrsrsrs

Parlapatão e hebdomário é fueda!

Carlos Barretto  disse...

É.
Bate na alma. É pena que estas palavras, pronunciadas por outro charlatão desmiolado, acabem por gerar a impressão de que o "demômio" fala do "coisa ruim".