quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Malandragem continua aterrorizando Belém pelo telefone

Os malandros encarcerados, parecem continuar a ter acesso a telefones móveis e aterrorizar a população, mesmo de dentro de presídios. E Belém, além de outras desvantagens, parece ter virado também alvo preferencial destes vagabundos.

Esta semana, um irmão meu foi vítima do velho golpe do falso sequestro. Partindo de um celular não identificado no caller ID de seu telefone móvel, ele recebeu uma ligação onde supostamente seu filho parecia pedir ajuda. Logo em seguida entra a voz do sacripanta, tratando-o por "véio", informando que se ele não sacasse cerca de 30 mil reais, seu filho morreria. Aterrorizado e ainda em momento vulnerável, acabou por fornecer ao bandido seu número fixo para um segundo contato que seria feito para combinar o "pagamento de resgate". Com isso, ganhou tempo para checar que seu filho estava à salvo, para logo em seguida receber uma segunda ligação, quando então informou ao meliante que havia descoberto a jogada, desligando em seguida o telefone. Foi o suficiente para que o bandido fizesse nova ligação, desta vez para o telefone fixo, informando aos berros para a empregada que atendeu o telefone, dizendo:

- Minha senhora! Seu filho vai morrer!

Mês passado, minha irmã foi vítima de outro golpe parecido. Só que o plano era bem diferente. Desta feita, de um celular identificado como de Fortaleza, o meliante informava que ela teria sido contemplada com um Gol Zero Km na promoção SBT "alguma coisa". Mas, para receber o prêmio, deveria efetuar depósito de créditos em telefones móveis pré-pagos no valor de 100 reais, para um número fornecido pelo bandido. Desprevenida, chegou a fornecer seu endereço para contato, onde seria entregue o prêmio.

Dois casos em menos de 1 mês, na mesma família. Pelo visto, eles ainda estão na letra B da lista telefônica. Por estas e outras, não atendo telefones partindo de números não identificados. Muito importante também, é preservar dados pessoais na internet. De maneira nenhuma, divulgue endereços ou números telefônicos em redes sociais e afins. Melhor mesmo, nesta terra de ninguém aqui do lado de baixo do equador, é evitar participar delas.
Infelizmente.

4 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Sempre quis receber uma ligação dessas, mas nunca consegui. Adoraria! O bandido escutaria a maior diversidade de palavrões que jamais pensou que existissem.
Com todo respeito às pessoas que se deixam levar, como alguém ainda cai nessa? Só muita vulnerabilidade, mesmo...

Lafayette disse...

Deixa contar as duas vezes que me ligaram (na 2ª tem palavrão, heim! Mas, sem eles, perde-se o contexto. rsrsrs)

PRIMEIRA:
Estava em casa. Tocou o telefone:

-Quem tá falando aí? O sotaque não era daqui.

-Com quem você quer falar? Perguntei.

-Mérmão, tô com tua mãe aqui. Fica caladinho e só iscuta aí.

-Tua vai fazê o que tô te falando senão ela morre!


-O que isso amigo, o que que isso?... É SEQUESTRO... É SEQUESTRO? Minha mãe? Gritei, com voz apavorada, quase chorando, desesperado (ps: tudo "aga" meu! rsrs)

O cara mordeu a isca, e disse "se você quer a tua mãezinha viva, truta, vai botá dinheiro numa conta que vou cantá pra ti".

Assim, partir para o segundo momento.

Ainda meio que com voz desesperada, chorando...

-Cara, mata ela, mata ela. Pelamordedeus, mata ela!

Silêncio do outro lado.

-Cara, ela me fez passar por muita coisa ruim. Hoje sou uma cara doente por causa disso.

-Ela batia muito em mim. Meu pai abusa de mim, e ela ficava do lado e não fazia nada, os dois bêbados me estrupavam!


Aí o cara do outro lado.

-Num tô brincando rapá!

E eu.

-Nem eu, nem eu... mata com dor cara, eu quero é com dor!

-Tu tá de sacanagem com minha cara?

-Ô meu amigo, não estou, te juro que não estou. Faz tempo que não a vejo, mas se você pegou ela, é a minha oportunidade de me vingar. Pode matar!

-Depois, posso te dar o endereço do papai?


O "sequestrador" nada disse, nada falou, mandou eu me fuder, e desligou... :):):):):):)

*a mamãe quis me bater quando contei pra ela. rsrsrs

SEGUNDA:
Estava saindo do Porto Dias. Tinha estraído uma unha da mão. Sabe aquela porrada que a gente dá na porta do carro? Pois é.

A cabeça do "seu vizinho" latejava mais do que bumbo-de-escola-de-samba. É de se lembrar daquela anestesia "dentro". Pois é...

...e recebo uma ligação, dizendo que meu filho estava sequestrado e blá-blá-blá...

Parei. Escutei e, muito cândido, falei:

-Amigo, você já tomou no cu hoje?

Aí o cara, "o que, rapá?"

E eu.

-Além de viado, é surdo. Vou repetir:

-Você já tomou no meio do seu cu! Vai te fuder, otário! Vai dar cu pra pinto beslicar... Vai ligar pro caralho
Ele desligou.

E o dedo latejando...

*não tenho filho.

Anônimo disse...

Histórias boas do Lafa mas são minorias e muita gente sofre e até sifu com estas ligacões agora se tem uma coisa que não consigo entender é como o cara consegue ligar lá de dentro???
A gente tira fotos de júpiter mas as CONCESSIONARIAS não tem tecnologia para bloquear a área do presídio , então tá.
Agora exigir seriedade como né???
Tadeu - candidato a ABL chapa 008 apadrinhado pelo Francisco Rocha (meu filho , claro)

Yúdice Andrade disse...

No TJE, onde trabalho, as coisas já melhoraram, mas logo no início brincávamos dizendo que para acabar com o uso de celulares nos presídios era só utilizar a mesma tecnologia de construção do anexo, uma caixa de sapatos fechada que dificulta, e muito, o uso do celular. Só o meu Amazônia funcionava, quase sempre bem. Tim, Vivo e Oi eram lastimáveis.
Hoje, como disse, já melhorou, mas ainda é difícil falar. Ou seja, como leigo, só posso concluir que não seria tão difícil assim eliminar o problema dos presidios.