É impressionante que ninguém tenha atentado para o principal parágrafo da carta renúncia de Almir Gabriel:
Pressinto e lamento, principalmente a rendição ao atual representante exibicionista do Bradesco na Companhia Vale do Rio Amargo, somada ao governo egocêntrico de São Paulo, "territorializando" a recolonização da gestão pública do Pará, dividido e agachado, no momento especialmente favorável para derrotar o petismo obeso e obtuso que pretensamente governa o Estado, hoje.
Se esta vista não me falha, o ex-tucano está nos dizendo, a nós paraenses, que a escolha da chapa Jatene - Qualquer Coisa, para a eleição estadual de 2010, foi articulada por tucanos paulistas com o caldo de sustança da bauxita paraense.
Que barbaridade sabermos como o destino do povo do Pará é vendido em pregão de empresário alienígena!
Que humilhação sabermos que um partido verga-se ao capricho de suseranos alojados na Avenida Paulista!
Mas o que está feito, está feito. Agora cabe a nós sabermos qual terá sido o dote que os irmãos ofereceram para desencalhar a noiva empobrecida. Este é o detalhe que aqui, à plebe bestializada vai interessar...
Ao se desfiliar ruidosamente do partido que ajudou a fundar, ou melhor dizendo, do qual foi pedra basilar e principal fiador moral, Almir Gabriel não o faz sem antes desferir uma cutilada certeira em Simão Jatene. Não lhe sairá barato o ódio do Rei Lear de Bertioga, porque, na sangria precoce a que foi submetido, arrisca-se a chegar hipovolêmico e vergado para disputar na arena que definirá em 2010, se haverá substituição ou não na cadeira do Palácio dos Despachos.
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