Há tempos não fazia um fotopost como este. E como o fim-de-semana foi perfeito na ilha, nada como compartilhar algumas imagens que registram os detalhes desta época do ano. De natureza exuberante, ventos fortes e ondas grandes e perigosas.
Época do Círio de N. Sra do Ó, padroeira da ilha de Mosqueiro. Por incrível que pareça, nenhum chato automotivo compareceu para aborrecer. As praias estavam quase vazias e a noite foi primorosa, regada a um vinho chileno (de lavra da casa Concha y Toro) e outro português alentejano. Como foi uma ida meio que não planejada, não haviam charutos e nem grandes coisas para acompanhar a bebida. Apenas prosaicos hamburguers que preparei para os filhos.
Que os adultos restantes, açodados pelo vinho de boa qualidade, acabaram por atacar também ao final da noite.
Na frente de casa, a maré revela diferentes tonalidades.
Uma grande angular da Praia do Farol.
No Hotel Farol, o banquinho está torto, mas convida.
Os jardins do Hotel, revelam algumas surpresas captadas em macro.
Detalhe do parquet...
...do incrível "salão nobre" do Hotel Farol.
11 comentários:
Que beleza, Carlos! Putz, deu uma vontade de passar um finde no Hotel Farol. Valeu e lembrança!
Thanks, "Chapa"!
Olá!
Temos tentado, eu e S., reavivar o que suas fotos sugerem. Parece que temos andado pelos mesmos desvãos. Tudo tem estado tão belo e tão bom nessa ilha de lembranças! E aí, foi quase inevitável chegar a esse belo poema de René Char.
Abs, Rz
L'ordre légitime est quelquefois inhumain
Ceux qui partagent leurs souvenirs,
La solitude les reprend, aussitôt fait silence.
L´herbe qui les frôle éclôt de leur fidélité.
Que disais-tu? Tu me parlais d'un amour si lointain
Qu'il rejoignait ton enfance.
Tant de stratagèmes s'emploient dans la mémoire!
René Char, Les Loyaux Adversaires.
Achei essa tradução, com a qual implico um pouco, mas vamos lá:
Aqueles que partilham lembranças
Regressam à solidão, mal o silêncio se instala.
A erva que os toca desponta da sua fidelidade.
Que dizias tu? Falavas-me de um amor tão longínquo
Que remontava à tua infância.
Tantos estratagemas a memória tece!
René Char, Leais Adversários.
http://nocturnocomgatos.weblog.com.pt/arquivo/cat_dialogos.html
(novembro 29, 2007)
Querida.
Foi ótimo conhecê-la ao vivo e à cores. E ainda por cima, acompanhada deste velho conhecido boa praça "S".
Seu cometário vai para a ribalta daqui a pouquinho.
Thanks
Belas fotos do paraíso..
Abs
Eu sabia que vc não poderia faltar aqui, Edyr.
Precisamos um dia nos encontrar todos por lá.
Abs
Estas a flanar em bucólicas imagens, subvertendo o caos, impondo o belo em detrimento da agonia.
Empalhas lembranças juvenis em mosaicos imagéticos, estética da lembrança do já teve.
Descubro véus, burcas e descaso a ilha do passado, faço recorte, vou tecendo presente ao infinito futuro.
Ah bucólica ilha, fanfarreada em avenidas esburacadas, descuidada ilha sem fantasias, só lembranças de infâncias, estórias de sábias avós sob as redes em férias esperadas.
Ah ilha esquecida de carinhos, de sombras e rastros de calda comprida.
Ah Mosqueiro, ilha sem fantasia a fantasiar desejos de dias melhores.
Queres alcáide pra botar sentido em tí?
Descansa a sombra do cajueiro e espera a proxima embarcação e, se for noite, é melhor não descer o rio.
Se queres, tenho brinco de princesa, para enfeitares teu jardim bucólico na ilha em suspenso caramanchão.
É isso mesmo, Pinheiro.
Lá, quando temos paz, vivemos de lembranças. E que lembranças! Empinar pipa, correr pelo quintal do vizinho atrás de Muruci, pegar jacaré nas ondas, jogar aquela pelada na praia, etc. Há também o Bacuri. Mas este, os nativos ensinaram que melhor deixar nossas cabeças à salvo.
Quanto ao brinco de princesa, primeiro preciso providenciar o caramanchão. Depois eu cobro sua oferta.
Abs
Eita post pai d'égua, Charley!
Adorei também os comentários.
Abs
Agradeço mas você é suspeitíssimo, Scylla.
Rsssss
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