Imagem: Wikipedia
Para aqueles que ainda tem dúvidas sobre nuvens e sua classificação, é bom dar uma passadinha neste verbete da Wikipedia. Verão que os cumulonimbus, são verdadeiramente aterradores. Mas continuamos aguardando nosso "aviador" (Rômulo Sampaio) dar uma comentada nos posts Chuva 2 e Chuva 3 de Scylla Lage, sobre os efeitos deletérios deste tipo especial de nuvem na aviação.
Pessoalmente, adquiri um pequeno conhecimento do assunto, ao dirigir por longos quilômetros no passado, quando viajava de carro pelo nordeste. Aprendi por exemplo, que quando vemos aquelas nuvens com aspecto de "costela de boi" (talvez sejam altocumulos), podemos esperar que vai chover bem mais à frente. Não sei ao certo mas, talvez, as "costelas de boi", sejam muito mais importantes do que os cumulonimbus, pelo fato de darem um alerta bem mais antecipado de chuva. A visão de um cumulonimbus acinzentado é tão somente a certeza de chuva iminente.
Vejamos o que dizem os universitários.
8 comentários:
Charlie, eu nunca vi um festival de CB's como neste ano. Daria para fotografá-los diariamente. E tem cada teba!...
Abs.
Scylla e Barreto, não conheço a fundo a parada (quaquilhão de anos atrás estudei isto para fazer prova de PP - brevê de piloto particular (como não passei, não vale muito minha opinião! réréré), mas acho que raramente temos um Cumulonimbus sob nossas cabeças.
Normalmente, aquela 'foice' negra que chega de tarde é um Nimbostratus, que é aterrador também.
Lembro-me que o professor de metereologia do curso dizia sempre que um Cumulonimbus se parece com um BIGORNA.
Porém, todavia, por outro lado, o Scylla pode estar certo, afinal, podemos estar vendo tais BIGORNAS por baixo, como as das fotos dos posts. Se bem que teríamos ventos de superfície terríveis, fortes e rápidos, com temperatura de aproximação caindo. Fica a dúvida.
Meu sogro, que conhece a parada (vou perguntar pra ele, por sinal) pois tem prática de mais de 20 anos voando de ultraleve, certa vez me mostrou um CB, um senhor CB, deconfronte a praia do Atalaia. Era fabulosamente grande. Vinha da direita, do mar, alto mar. Lembro que o vento ficou mais forte e gelado.
Ao contrário das patroas que correram para o carro, fomos, mais meu cunhado e um primo, pra água, quente (mentira, na verdade é uma enganação do cérebro, lá fora é que tá mais frio).
O CB 'caiu'. Voou guarda-sol, cadeiras, mesas de plástico (e olha que estavam encaixadas, amontoadas). Ah, o vento era tão forte e girou em direção de terral que as ondas não conseguiam 'quebrar', o vento 'espirrava' a crista que se precipitava.
Foi um momento interessante. Ficamos à mercê da natureza, da força que ela tem e que espantava nossos ancestrais e ainda nos espanta, mesmo com toda a cultura acumulada.
Ah, lembro que, na hora, perguntei pro sogro se entrar n'água não tinha sido ruim, já que tinha raio 'caindo'. Ele disse que era mais uma lenda, explicou o motivo mas não me lembro, só lembro que ele disse que era raro raio 'cair' n'água.
(ps.: não sei se vocês já viram isto acontecendo no Atalaia, mas, tem algo também interessante, depois que o CB passa e com a queda da temperatura, é muito engraçado ver as pessoas saindo dos carros de camisa - alguns até de moletom - bermudas, tem gente que coloca tênis e meião! E a temperatura não cai tando assim... mas qualquer 2, 3 graus de diferença, a gente quer logo dá uma de europeu! rsrsrsrsrs)
Bem, só sei que, na apostila que estudava era tanta classificação e nomenclatura que o 'romantismo' das núvens vai, literalmente, pro espaço.
Mas, aguardamos os universitários, pois, como disse, nem passar nas provas, passei (ei, é - pelo menos era nos anos 80 - difícil pacas, se não me engano tinha que acertar 75% de todas as disciplinas, e não adiantaria acertar 74% numa e 100% em todas as outras, LEVAVA FERRO! - desculpa de amarelão é comer barro, disse-me o papai na época, e como de praxe, perguntou: -Será que alguém passou? Normalmente não respondia... já sabia onde ele queria chegar).
Lafayette, observar nuvens complexas no Atalaia é sempre muito melhor de que em Belém. A sensação dos ventos fortes (40km/h) que precedem o CB é incrível na praia, assim como sentir a brutal queda de pressão e a ligeira queda de temperatura.
Aqui em Belém tenho visto (ou assim creio) um CB por dia, mas sempre do alto de prédios.
A visão do paredão quilométrico, cinza-chumbo, é o céu e o inferno simultaneamente, mas sempre um deleite para os sentidos.
Abs.
Devido minha profissão(Piloto), é fundamental conhecer nuvens, pois se na terra podem fazer estragos, imaginem isto no ar(Em vôo). Vamos lá, existem basicamente só 2 tipos de nuvens(quanto ao aspecto) ESTRATIFORMES e CUMULIFORMES. ESTRATIFORMES: Desenvolvimento horizontal, pouca espessura,chuva leve e continua(aquela nuvem esbranquiçada e a baixa altura que faz chover o dia todo e cobre todo o céu).
CUMULIFORME: Desenvolvimento vertical, surgem isoladas, mais escuras, com chuvas fortes em pancadas localizadas(As mais comum na Amazônia).As Cumulus podem ser Líquidas, Sólidas(Cristais de gelo)ou Mistas.
O restante são variações destas, de acordo com o "Atlas Internacional de Nuvens", variam conforme a altura das bases da nuvem:
ALTO>Cirros,Cirruscumulus,cirrustratus.
MÉDIO>Altostratus,Altocumulus,Nimbostratus.
BAIXO>Stratus,stratuscumulus,Cumulus,Cumulusnimbus.
A Mais famosa CUMULONIMBUS(Égua o nome já assusta)famoso "CB"-Nuvem com trovoada, base entre 700 e 1500m, topo chegando a 24 a 35 km,sendo na média de 12 a 14 km, formadas por gotas dágua, cristais de gelo, flocos de neve e granizo, produzem tornados e tromba d'agua que são nuvens funis de rotação violenta com ventos de até 500 kt, colunas de ar pendentes do cumulonimbus caracterizado pela "Bigorna"(O topo lembra a forma de uma bigorna de ferreiro, devido aos ventos superiores). Portanto, ao ver uma em vôo, fuja dela ou não passe no seu núcleo, e mesmo tendo de passar ao lado, no hemisfério Sul, procure contornar ela pela direita, devido a rotação dos ventos(vai sempre ser jogado pra fora dela).
Ótimo e esclarecedor comentário, Luís Cláudio.
Obrigado e boa sorte com o novo blog.
Carlos, sem querer assustar, principalmente quem voa em rotas internacionais, dê uma olhada no que escreví estes dias sobre problemas de mau tempo.(http://pilotosumiu.blogspot.com/2009/12/sera-que-um-raio-cai-duas-vezes-no.html)
CB, eu nao me sinto a vontade para comentar por dois motivos :
O primeiro eh pq o Cmte. Luiz Claudio, como sempre, bem informado e esclarecedor,ja disse ;
O segundo, eh a sensacao de "Jet lag" depois da noticia lida do deputado Ernandes Amorim (PTB-RO).
Haja Cumulus Nimbus...
Abracao.
Brrrrr, Luís Cláudio. Se antes eu já sentia algum receio destes vôos transatlânticos, agora fudeu! Sorte que o orçamento doméstico apertado me impossibilita de fazê-los na frequência que de outra maneira, certamente, faria.
Rsssss
Beleza, Rômulo. O Luís Cláudio já esclareceu tudo. De qualquer maneira, é bom vê-lo vez por outra por aqui.
Abs
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