domingo, 10 de janeiro de 2010

Porque não me ufanarei jamais

Num rápido intervalo de meu trabalho, levantei-me para esticar as pernas e tomar um gole de café. Liguei a televisão e assisti a matéria da Vênus enferrujada para instigar os trouxas.

Trata-se de pauta sobre o que aconteceu com a pequena São Luiz do Paraitinga, há duas horas de carro da capital paulista.

Vários personagens na matéria. Todos escolhidos a dedo.

Em outra frente, os animados foliões da Selva de Pedra Metropolitana, prometem ir até o município durante o próximo fim de semana, para ajudar na limpeza e reconstrução da cidade, devastada pela enchente no início deste ano. Moradores de outros municípios paulistas usaram redes de relacionamento na internet para a mobilização.

Foliões do carnaval, gostam de passar a quadra momesca naquele município.

O que se passou foram reações à terrível enchente que vitimou quase toda a população da pequena cidade de pouco mais de 10 mil habitantes.

Sabem o que o governador de São Paulo, do PÊ S DÊ BÊ, fez? Vejam aqui.

E o quê a governadora do Pará, Ana Julia Carepa fará com os mais de 30 mil desabrigados, média ponderada bem pequena, para facilitar a conta, fará, com a enchente em Marabá?

Será que ela fará a mesma coisa que fez no ano passado?

Marabá, vou deixar bem claro para os leitores do blog, é minha cidade natal.

Por isso que não me ufano, jamais, ao aceitar minha condição de morador exilado.

E me magoar, quando os meus irmãos paraenses, não sabem da missa o terço que sofremos, no lado de lá.

Lá não temos Globo, nem Fantástico, nem porra nenhuma.

Temos mais é que nos virar, e reconstruir as áreas afetadas, todos os anos.

Com todo o respeito aos desabrigados de São Luiz do Paraitinga. Mas, vocês eram felizes e não sabiam.

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