Este blog publicou ontem (veja abaixo) matéria sobre o tópico que acabou sendo a manchete principal do jornal londrino Financial Times: a guerra tarifária entre Brasil e Estados Unidos por causa do subsidio interno norte-americano ao algodão. O Brasil lutou por um ano na OMC contra esta tarifa, e foi autorizado pelo órgão mundial a retaliar, aumentando substancialmente os impostos sobre importados americanos.
Hoje chega ao Brasil Gary Locke, secretário de comércio dos EUA, cuja viagem reinicia as discussões tarifárias entre os dois países. Locke é a mais alta autoridade dos EUA na área de comércio, já que aqui os chamados secretários são na verdade ministros que respondem diretamente ao presidente. O envio de Locke ao Brasil dá uma ideia da seriedade da crise comercial entre os dois países.
A próxima etapa da guerra comercial é uma negociação de 30 dias, na qual Brasil e EUA tentarão resolver este impasse. Se a questão não for resolvida, o aumento nos impostos passa a vigorar daqui a um mês.
O Financial Times calcula que o aumento tarifário de importados dos EUA vai representar um ganho de US$560 milhões na balança comercial brasileira no ano em que vigorarão os aumentos. However, imagina-se que o maior impacto será mesmo no bolso do consumidor, já que a maioria dos impostos irá dobrar, afetando de alimentos a carros, passando por eletrônicos e produtos de uso pessoal.
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