Alguns elementos que participam do Comitê de Política Monetária (Copom) já ensaiavam nova pixotagem contra o desenvolvimento brasileiro, plantando aqui e acolá na grande mídia nacional que não podemos correr o risco de uma bolha inflancionária. O resultado esta aí hoje. Os carcereiros do futuro nacional aumentaram a taxa de juros em 0.75 ponto percentual, levando a canetada ao país praticar os mais altos juros reais do mundo (4,5%), com o agravante de que a taxa é o dobro da praticada na China - em terceiro lugar nesse ranke, com a particularidade desse país comunista ter uma particularíssima economia capitalista.
Os únicos beneficiários da medida do Copom são de novo os banqueiros. De resto no histórico de desempenho do Comitê sempre perdemos nós, brasileiros, que vemos a impossibilidade de expandir o mercado interno, as exportações, o emprego e a renda. Frente a empedernida posição do Copom, totalmente dissociada das políticas sociais do governo Lula, não há como deixar de dar atenção à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) que reagiu à medida com a suspeição de a presidência e a diretoria do Banco Central serem refém de certo setores, o que a torna frágil quanto aos atributos de competência, transparência e autonomia.
Frente a mais nova peça de Henrique Meirelles et caterva tem razão Maria da Conceição Tavares em entrevista a Carta Capital (2008): O Brasil não pode contar com o Banco Central como agente do desenvolvimento brasileiro. Os fatos passados e o atual, dois anos depois não a desmentem. Na última semana, por exemplo, fui surpreendido que a Índia, nossa parceira no grupo de países BRIC, nos passou em termos econômicos, sendo hoje a 9a. economia mundial. O fenômeno Índia decerto tem várias razões para estar acontecendo, mas cabe aqui ilustrar que nesse país a taxa de juros real é de -9.7% .
Os únicos beneficiários da medida do Copom são de novo os banqueiros. De resto no histórico de desempenho do Comitê sempre perdemos nós, brasileiros, que vemos a impossibilidade de expandir o mercado interno, as exportações, o emprego e a renda. Frente a empedernida posição do Copom, totalmente dissociada das políticas sociais do governo Lula, não há como deixar de dar atenção à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) que reagiu à medida com a suspeição de a presidência e a diretoria do Banco Central serem refém de certo setores, o que a torna frágil quanto aos atributos de competência, transparência e autonomia.
Frente a mais nova peça de Henrique Meirelles et caterva tem razão Maria da Conceição Tavares em entrevista a Carta Capital (2008): O Brasil não pode contar com o Banco Central como agente do desenvolvimento brasileiro. Os fatos passados e o atual, dois anos depois não a desmentem. Na última semana, por exemplo, fui surpreendido que a Índia, nossa parceira no grupo de países BRIC, nos passou em termos econômicos, sendo hoje a 9a. economia mundial. O fenômeno Índia decerto tem várias razões para estar acontecendo, mas cabe aqui ilustrar que nesse país a taxa de juros real é de -9.7% .
6 comentários:
Prezado Itajaí,
BC, tribunais de ética das profissões, prerrogatias de função, conar... nada mais são que tentativas muito bem elaboradas de retirar seus fiscalizados dos rigores das leis que afetam os cidadãos comuns.
No pertine aos bancos, não tenho dúvidas que os verdadeiros senhores do mundo a contar do final da II Guerra Mundial são dos donos do capital financeiro.
Não podemos fazer absolutamente nada para mudar isso.
Tenho profunda admiração pela história de nossa presidente, pela figura que ele é (opinião pessoal minha), acho que foram tomadas medidas importantes; mas por outro lado, nunca o sistema bancário faturou tanto como no governo Lula.
Não é estranho? ou nossas premissas filosóficas estão erradas? Ou dito em outras palavras, é possível conciliar o êxito empresarial bancário com políticas de desenvolvimento social?
abs,
Nilson Soares
O maior impacto de uma política de juros estrastoféricos é a asfixia do setor produtivo, que se vê tolhido de ampliação. Está claro que um mercado interno forte teria impacto na redução da pobreza, por gerar empregos, etc. Também teria reflexos sobre a política de Ciência e Tecnologia pela vertente das inovações, que para o Brasil e estratégico como player mundial.
Em outras palavras:Política de juros é uma política pública com um poder indutor de foco bastante amplo. Mas aí vem esse Meirelles e suas previsòes catastróficas e convence o presidente de que não dá para arriscar, que virá um bolha, um zepelin gigante e acabará com o Brasil numa explosão de sal. Está evidente que o presidente do BC não pensa na economia como uma ciência social. Na verdade, o único bolha nessa história é o Meirelles.
Prezado Itajaí,
O querido e saudoso Celso Furtado insistia justamente que o nosso desenvolvimento dependia de uma política econômica que estimulasse um mercado interno consumidor. Acho que vocês têm esse ponto em comum.
Há algumas décadas atrás trabalhei no mercado financeiro e sem exceção as pessoas que conheci pensavam unicamente em enriquecer e participar ativamente do mundo do consumo.
O que se pode esperar de pessoas assim?
abs,
Nilson Soares
Sou fã de carteirinha do Celso Furtado. Mas pegando sua última frase, penso que esse é o nosso problema. Não pensamos o país como um projeto para gerações, mas pelo individualismo reles do consumo fácil.Nesse sentido, os norte-americanos são show de bola.
Com muito "orgulho", vivo num país que pratica a maior -- novamente -- taxa de juro real do mundo.
O pior é que tá tudo bem, tá tudo muito legal!
Querem saber.
Estão dando a eleição de graça pro Serra.
Mais.
Se não houver uma correção urgente nessa política Meirelles, podem esperar nuvens turvas daqui a há dois anos, quando as nações mais desenvolvidas recuperarem-se do baque da crise.
Ai eu quero ver.
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