sexta-feira, 16 de abril de 2010

WiFi "aberta", talvez. Insegura, nunca!

Muitos usuários de redes WiFi confundem, talvez com alguma ingenuidade, uma rede aberta com uma rede "escancarada". Há tempos, já chegamos a citar neste blog, a presença de redes WiFi públicas e gratuitas em várias capitais do mundo. Entre outros exemplos, podemos citar as redes WiFi públicas e gratuitas da Washington Square em NYC e do elegante bairro da Recoleta, em Buenos Aires.
Todas são públicas e inteiramente gratuitas. Neste sentido, talvez sejam "abertas". Mas podem ser inseguras, na dependência das configurações de conectividade que o usuário mantém em seu computador portátil ou mesmo smartphone.
Deixar seus arquivos críticos ao alcance de qualquer pessoa conectada nelas é algo inadmissível. Contudo, mais comum do que podemos imaginar. Já ouvi até quem me aconselhasse a retirar a criptografia de meu roteador Wireless doméstico, alegando que "redes WiFi tem que ser "abertas"!! Isso, com aquele tom "libertário" que utilizávamos nos anos 80. Hehe.
Com efeito, frequentemente, ao me conectar em redes wireless públicas, com um mero passeio no Finder (ou gerenciador de arquivos), consegui enxergar todas as máquinas conectadas (algumas configuradas com o "nome próprio do usuário"). Testando um pouco mais a segurança daquele ambiente, era possível acessar alguns arquivos destes usuários, sem fazer nenhum esforço além do mero clique nas pastas. Elas estavam "disponíveis" publicamente, para quem quisesse vê-las! Este é o erro mais frequente de usuários ingênuos.
Não que eu queira tirar a sexta-feira para assombrar ninguém com posts sobre segurança digital. Mas é sempre oportuno lembrar que existe o outro lado da força. Aqueles interessados em xeretar seus arquivos. Sendo assim, é muito importante, seja para usuários domésticos ou corporativos dar uma passada neste artigo da PC World BR. Lá, entre outras coisas, você pode aprender que "Nada é privado em uma rede WiFi aberta".

2 comentários:

caio disse...

Nem me fale em wifi! levei notebook para Buenos Aires recentemente e em nenhum momento ele conseguiu alguma rede para ele. E era só com ele mesmo: todos os outros hóspedes conseguiam sem problemas. Ninguém soube explicar o que havia com o meu... Ao menos, o hotel dispunha de um cyber. Mas olha só! Não conhecia esse lado do wireless. Que coisa...

A propósito, o bairro é Recoleta... um dos mais turísticos da cidade, com o Museu das Belas Artes, Museu de Arquitetura, a Biblioteca Nacional, Palácio de Gelo e a "atração" mais famosa, seu cemitério, onde repousa Eva Perón e diversos outros nomes da história argentina. No bairro encontra-se também a Facultad de Derecho e um dos poucos shopping malls propriamente ditos da cidade, o Patio Bullrich, além de parte da Avenida Santa Fe, uma das inúmeras Brás de Aguiar melhoradíssimas deles.

Carlos Barretto  disse...

É isso mesmo, Caio. Recoleta. Já corrigi e agradeço sua correção.
Quanto ao seu problema com a conectividade WiFi, dependendo do tipo de Windows que vc estiver utilizando, pode ser mesmo uma dor de cabeça conseguir a conexão.
Como utilizo Mac, não encontro problema algum. Salvo em alguns raríssimos casos em que se tem que escolher o protocolo de criptografia (WAP, WEP, etc) para conseguir a conexão. E ainda assim, é fácil.
E seguro.

Abs