
E haverão comemorações, eventos, festas, etc. Muita pantomima oficial. Mas pouco será feito pela real preservação da ilha. Algum tipo de equilíbrio é necessário no atual cenário da antiga bucólica. Pois que, de fato, de bucólica nada mais tem. Atacada por iniciativas privadas sem regulação, sem lei, muito embora elas existam. Atacada por iniciativas oficiais eleitoreiras que a deixam ao sabor de ventos pouco cidadãos, essencialmente anárquicos no pior sentido da palavra (bem mais profunda que a um primeiro olhar). Mosqueiro sobrevive a ataques de todos os lados. Mas é preciso que nativos e veranistas alcancem um real avanço no entendimento de Mosqueiro. Podemos todos conviver bem, com todos os interesses preservados. Basta apenas que cheguemos a um acordo sobre áreas de lazer, entretenimento e simplesmente, moradia, paz, tranquilidade.
Mas para isso, é preciso navegar. Navegar é preciso. Viver, também é preciso. Um desafio tremendo. Mas que pessoas adultas e civilizadas um dia poderão atingir. Mas para isso, é preciso bater em paredes. E em paredes bateremos. Até conseguirmos o melhor para todos. Mesmo que para isso tenhamos que combater o bom combate. Um combate desnecessário, se todos tivéssemos o real zelo por Mosqueiro. Mas se ele não vem por bem, esperemos que venha pelo chamado "estado democrático de direito". Pois se ele não valer, enrolemos nossas bandeiras e deixemos Mosqueiro ao sabor dos ventos não naturais. Mas é isso mesmo que queremos?
*Imagem do poster: "A pedra e as ondas". Tudo estava lá. Nós é que viemos modificar.
6 comentários:
Comemoram 115 anos de ocupação da Ilha?
Comemoram 115 anos de ocupação da Ilha? Absurdo comemorar isso, 115 anos de ocupação irregular, de destruição. Mas se é para comemorar, vamos lá.
Saudades da Ilha. Tão bela e tão maltratada pelo desordem.
Como um apaixonado pelo Mosqueiro (apesar de pouco frequentá-lo), acho que a sua foto dos elementos da natureza nua e crua da ilha tem a capacidade de evocar memórias em muitos de nós.
Boa parte da nossa infância deu-se entre as pedras e as ondas.
Abs.
Obrigado, amigos, pelos comentários aqui.
De fato, Scylla, esta imagem, apesar de parca em cores (bem que poderia estar em P&B), é uma de minhas preferidas e lembra muito mesmo nossa infância em comum. Vou fazer alguns estudos com a "tabatinga". Hehe.
Abs
Égua, Charlie, essa foi do túnel do tempo, do tempo em que a capital da ilha era a vila!
Tabatinga!?!?!?
Super.
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