quarta-feira, 21 de julho de 2010

Honda entra na onda dos compactos


Em muitas outras postagens neste blog, já deixei pistas de minha queda por carros compactos. E compacto, não necessariamente significa pequeno ou baratinho. Muito ao contrário, eles costumam custar tanto quanto ou mais do que um reluzente sedan. O Smart da Mercedes-Benz e o Mini da BMW, são os exemplos automáticos desta categoria.
Mas a japonesa Honda decidiu apostar nesta tendência e vai apresentar em agosto no Tokio Motor Show, seu novo compacto. Trata-se do EV-N Concept, que possui todo aquele apelo retrô no design, sem abrir mão de alta tecnologia. Quer um só exemplo? Pois saiba que a Honda embutiu na porta um pequeno mimo. Trata-se do U3-X. Uma solução estilo Segway, ou seja, um "dispositivo de mobilidade pessoal", que você vê no vídeo abaixo.



Pesando em torno de 10 kg, o U3-X vai transportá-lo do carro para o ambiente de trabalho de uma maneira um pouco estranha. Mas imagino que seja interessante e prazeroso, a exemplo da pioneira Segway. Muito embora não consiga visualizar nenhum cenário de seu uso em nosso cotidiano, onde ter uma simples byke, pode ser um bom motivo para perder a vida em meio a um assalto. Sem contar o fato, de que andar, não é exatamente algo que deva ser descartado em um contexto de vida saudável.
Ainda não consegui mais detalhes sobre o EV-N. Contudo você pode ver mais imagens aqui.
[Via Engadget]

4 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Carros compactos são o futuro, pelo menos nos grandes centros urbanos. O grande problema é que, talvez para compensar as dimensões modestas e suas implicações, a tecnologia e a sofisticação geram preços elevados. E no Brasil, onde carro custa absurdamente caro por causa dos impostos, não se pode conceber perder (o termo é proposital) 90 mil reais num smart.
Outro aspecto a ser considerado é que, salvo exceções, a maior parte desses carrinhos é horrorosa. Imagino que muita gente aprecia, mas há uns mondrongos de assustar. Esse projeto da Honda deve angariar simpatias, pelo ar retrô, mas eu o achei feioso.
No mais, que tal levar um tombo do U3-X em plena calçada, na frente dos colegas? Não tem preço...
Enfim, que venham os pequenos! Nossas cidades precisam deles.

Scylla Lage Neto disse...

Charlie e Yúdice, acredito que o Brasil estará mais uma vez bastante defasado em relação a esta tendência dos microcarros..
Produzimos muito, nas na verdade mesmo, muito LIXO.
Os nosso carros que mais vendem são releituras de um velho chassis (o Celta, por exemplo, é o Corsa de primeira geração, de 1990) e de um antiquado motor, via de regra poluente muito além do tolerável.
Querem dissecar?
O novo Gol usa o chassis do Fox (o projeto Tupi, que o originou, tem mais de 10 anos).
O Novo Uno usa o velho chassis do Palio, com poucas adaptações, o mesmo do próprio Palio, Sienna, Weekend e Strada.
Os motores da GM tem há quase 2 décadas a mesma antiquada arquitetura.
O que podemos esperar em termos de avanços tecnológicos nos nossos populares? Nada.
Os projetos foram esticados ao máximo e isso é tudo.
É lógico que numa faixa de preço superior há bons carro, como os sedans médios.
E os importados fazem a festa, com todo o preço e com a dificuldade de peças de manutenção.
Não quero soar muito mais amargo do que já o fiz, mas e o estado de nossas ruas, aqui em Belém?
Só com carros de grande altura e tracionados nas 4 é que poderemos circular, em breve.
Que tal um finado Hummer em vez do Honda EV-N?
Um abraço e desculpem o desabafo de um apaixonado por carros.

Yúdice Andrade disse...

Um desabafo útil para que um leigo como eu entenda um pouco melhor esse ramo. Para mim, o maior problema dos carros nacionais é o preço, decorrente de tributação excessiva e de decisões irracionais das montadoras. Que há defasagem, isto salta aos olhos. Mas uma coisa é design e plástico áspero no console. Outra coisa muito mais séria e chassis e, principalmente, motores defasados.
A indústria automobilística brasileira vende uma imagem de sonho, mas a realidade é bem triste...

PS - Passei de um Honda para um Nissan na expectativa de manter um padrão de qualidade superior ao das montadoras "locais". Espero não me desapontar.

Scylla Lage Neto disse...

Yes, Yúdice, nós ainda temos carroças.
Até quando?
Mais umas poucas décadas e quem sabe, quem sabe...
Abs.