Este é o meu Mosqueiro perfeito. Sem bárbaros, inconvenientes e barulhentos, com muito vento e ainda nos proporcionando este belo pôr-do-sol. Que ficou aqui registrado em duas imagens.
Apenas duas imagens em um par de dias perfeito, onde a natureza ainda nos reservaria uma chuvinha na parte da noite, transformando a dormida em algo difícil de descrever. E em meio a um bom papo, alguns vinhos e queijos, pudemos aproveitar o máximo da noite.
E fomos dormir cedo desta vez. Como começamos o encontro por volta das 16:30 h, e embarcamos na idéia de acompanhar o ritmo que a natureza nos impunha, sem perder um só segundo de apreciação do espetáculo da maré cheia noturna, por volta de meia noite, já estávamos pensando em dormir.
E assim se foi mais um sábado. Para amanhecer hoje em pleno esplendor de ventos. O que nos levou aos pasteizinhos do Oliveira e ao já consagrado almoço no Hotel Farol. Elementos indissociáveis daquela região, na boca da Baía do Marajó. Desta vez, cometemos um esquecimento. Não comemos o tradicional camarão no bafo, com farofa feita na hora, molho de vinagrete e pimenta de cheiro. Mas em seu lugar, curtimos quase 1 hora de banho nas águas mornas. Poucas pessoas faziam o mesmo. Uma praia quase que inteirinha para nós. Um bate-papo animado em meio a água morna. Muitas histórias, muitas coisas a resolver, a entender. Saímos quase cozidos, mas felizes e aptos ao almoço simples porém cumpridor.
E poucas pessoas foram a ilha. Via-se claramente seus praianos mais habituais. Mais interessados naquilo que ela realmente tem vocação para nos presentear.
Apesar de mal tratada e mal conduzida, Mosqueiro ainda tem salvação. Basta escolher a época certa de frequentá-la, sem abrir mão da luta pelo respeito a mútua convivência e as leis ambientais. Aos pouquinhos, educando e lutando pelo respeito aos limites que à todos interessam. Quem sabe assim, não fazemos todas as épocas, as épocas de Mosqueiro.
13 comentários:
Que beleza, Carlos! Neste frio carioca que estou pegando aqui, o calor do fim de tarde no Mosqueiro foi um presente e tanto.
Abraço,
Edney
Eita, Edney!
Um frio meio fora do comum para o RJ, não? Mosqueiro estava realmente agradável, comparado às temperaturas experimentadas na capital nesta época. E sabe o que faz a diferença? Os ventos. Ventos que há muito deixamos de ganhar em Belém, muito embora eles estejam lá, se formos por exemplo ao Ver-o-peso, Estação das docas e outros poucos locais onde ainda podemos interagir com a Baía de Guajará.
Mas não chegam a nossas apertadas residências.
Abs
Charlie, para completar o perfeito por-do-sol só falta mesmo um belo par de tapioquinhas...
Abs.
Menino,
sai desse ócio antes que o sol te deixe cristalizado..kkk
belas.
Que coisa linda!
Abs
Carlos,
Que fotos lindas!!!!!!
Saudades do querido Mosqueiro, lembrança eterna de minha infancia, no Chapéu Virado.
Fiquei com inveja de vc!!!!! hehehe
Mas que belezura!
A chuva em Mosqueiro também me traz boas lembranças: dormir, à noitinha (sim, a gente dormia com as galinhas), em lençóis adoravelmente macios e perfumados por terem sido lavados com ervas e secados ao sol. O que arrematava o prazer era o plim plim plim das gotas de chuva nas telhas de barro! Esse barulhinho ajudava a vencer o medão que se instalava entre nós após os tradicionais relatos de mistérios, lendas e visagens.
Carlos, grata por essas suas postagens! Elas reforçam meus pedidos (não me importo em não saber para quem!) para que meu DNA guarde todas essas encantadoras lembranças de nossa ilha!
Oxalá que os tempos não continuem tão cruéis para esse paraíso!
Abs, Rz
Concordo integralmente quanto aos méritos de Mosqueiro e que eles só podem ser corretamente usufruídos quando a ilha está assim, em paz. Um dia hei de comprar uma casinha por lá.
Que imagens! Que gostos! Que comidas! Que ventos! Que banhos! Que chuvinha! Que maré! Que areia! Que calorzinho... e calorzão!
Qualquer fim'de vou curtir esta Mosqueiro, que tanto me espanta e me afasta de lá, cada vez mais.
Amigos queridos e leitores.
O melhor mesmo, de fazer posts como estes, é perceber quanta gente ainda se emociona e mesmo se importa com Mosqueiro. É tudo o que aquele lugar ainda precisa. E muito.
Agradeço do fundo do coração à todos
Lafa.
Vamos combinar?
Vamos sim! É só a Aluísia terminar sua recuperação (dodói), que marcaremos! Com direito ao camarão, no limão, logo depois da ponte!
Parabéns Barreto, suas postagens são as únicas coisas que ainda me interessam no blog. Infelizmente, como o passar dos tempos, este espaço assumiu uma outra conotação que não me agrada.
Abs,
Rui Mendes
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