Livraria Cultura; Conjunto Nacional; São Paulo
A propósito da postagem Uma estória de amor, recebi há pouco ligação de um amigo me interpelando sobre a real necessidade de se adquirir livros via site da Livraria Cultura, uma vez que já temos Livraria Saraiva em nossa cidade.
Bem, os mais de 6 milhões de títulos disponíveis na Cultura poderiam ser o argumento definitivo para a opção, mas acho que há bem mais do que isso para ser discutido.
Não tenho dúvidas de que Belém tem um mercado reprimido grande para artigos de cultura em geral, especialmente livros.
Antes da Saraiva tínhamos como opções principais:Visão, Fox, La Selva e Newstime.
Após um mês de funcionamento como estarão os concorrentes da Saraiva?
O vendedor que me atende há anos na Newstime disse que nada mudou, mas confesso que não acredito – deve ter havido uma ligeira queda inicial.
A Visão deve ter sentido também, eu imagino. Mesmo porque nunca vi clientes em grande número por lá.
A Fox se armou com espetacular renovação do setor de quadrinhos e parece ter trazido novas editoras.
Quanto à La Selva, creio que o seu público básico seja constituído de viajantes, e portanto, mais ou menos uniforme.
Lamento o ocaso da tradicional Jinkings e o fracasso absoluto da Feira do Livro 2010.
Estou convencido de que a Livraria Saraiva abalará, a médio prazo, as vendas do setor de livrarias em Belém e principalmente o de eletrônicos. Hoje à noite a loja estava lotada e mesmo após o fechamento, às 21 h, as pessoas pareciam querer permanecer lá dentro.
Com os preços competitivos praticados na inauguração, a Sol Informática me parece ser a maior “vítima” da Saraiva.
E que venham Siciliano, FNAC, Cultura, da Vila, etc.
Nós precisamos de mais livrarias/megastores com urgência!
O mercado belenense, inclusive o literário, necessita de competição para assegurar a sua própria sobrevivência.
6 comentários:
O que mais posso dizer? Apenas que eu concordo!
Amigos,
Também compro livros pela internet na Livraria Cultura. Ou então na Fox. A Saraiva, maravilha que exista, conta somente com best sellers. Semana passada, pela primeira vez, comprei dois livros novos, romances. O que me tem distanciado da Cultura é o tempo que os Correios levam para botar os livros aqui. Hoje, mais de duas semanas, penso. Espantosamente, estive na Newstime que mudou a maneira de expor os livros e dificultou ainda mais sua identificação, mas não é isso que quero contar e sim que encontrei cinco livros que estava procurando e nunca pensei em lá encontrar. Mais, li em uma revista sobre o último livro do João Paulo Cuenca e telefonei para lá. Tinha. Estão absolutamente escondidos, mas parece que estão lá. A moça da Saraiva me disse que a encomenda leva uma semana para chegar, certamente via malote. Pode ser.
Abs
Eu compro na Livraria Cultura desde que morava em Belém, ou seja, há pelo menos mais de 10 anos. Quando mudei para Brasília usei muito os serviços de uma livraria tradicional de Brasília, localizada no Conic.
Depois passei a utilizar a Nobel e a Fnac até que a Cultura desembarcou por aqui com duas lojas, uma na Apia (saída sul), próximo de onde trabalho, e outra no Lago Norte, próximo de onde moro. Enfim estou cercado por elas, que são imbatíveis em qualquer quesito (livros, cds, dvds, revistaria)e, por isso, impiedosas quando docemente entregamos nossos bolsos para que elas os sangrem.
Uso também pontualmente a Amazon para livros técnicos, pois são muitíssimo mais baratos que aqueles comercializados aqui, inclusive os traduzidos.
Quanto a Belém acho que é muito difícil a cidade sustentar mais livrarias que essas que aí estão. Se entrar uma Cultura aí às pequenas só restará a especialização, que é um segmento interessante e que nunca foi explorado na cidade.
ASF, Edyr e Itajaí, ainda existe um lado oculto nas livrarias de Belém: o humano.
Recentemente na Cultura do Conjunto Nacional fiquei boquiaberto com o conhecimento demonstrado por dois vendedores sobre Mishima e Jodorowski.
Lamentavelmente aqui, via de regra, você não recebe acessoria adequada o que acaba dificultando encontrar, e consequentemente comprar o livro almejado.
Mas ainda acredito que a presença de mais e melhores livrarias na nossa cidade desencadeará um fluxo crescente de leitores.
Um grande abraço.
Alguns aspectos a considerar:
1. O fato de ser novidade e de ser a maior e mais bonita livraria da cidade torna previsível que a Saraiva tenha, no mínimo, um primeiro momento de boas vendas, para depois ocorrer uma acomodação. Por isso, realmente não acredito que a Newstime não sentiu nada.
2. A Visão teve uma ótima livraria há anos. Eu comprava muito lá. Gostava do acervo e do atendimento, além de poder ler os livros sentado em poltronas confortáveis (foi a primeira loja que permitiu isso aqui em Belém). Mas há muito e muito tempo ela enfiou os livros num espaço indigno, entre uma lanchonete e gôndolas de roupas. Só se acham por lá livros de maior interesse comercial, mesmo quanto aos técnicos. Em minha área, há muitos livros para concursos, mas poucos livros realmente bons.
3. A Saraiva pratica os preços do site e promete apresentar encomendas em cinco dias úteis. Ficaram de me telefonar, avisando quando a minha encomenda chegou, mas amanhã completarão duas semanas e até agora nada.
4. O atendimento é simpático, mas não qualificado, ainda mais nos termos em que sugeridos. Quanto a isso, estamos a anos-luz, infelizmente. Esse é o problema das abordagens estritamente comerciais. Uma boa livraria deveria ser conduzida por, no mínimo, pessoas que amam ler.
Yúdice, concordo com você que a antiga Livraria Visão marcou época na cidade, há uns 7 ou 8 anos. Era uma espécie de "point" literário.
Creio que a Saraiva tende a virar um local apropriado para tomar café (mesmo que nas Mulatas...), circular pelas prateleiras e bater um papo.
Quanto aos funcionários, penso que houvesse espaço para estudantes de Letras, História, Filosofia e outros cursos, o nível subiria.
Seu comentário em relação à disposição dos livros na Newstime é pertinente - nem os próprios vendedores conseguem achar alguns livros em poucos minutos.
Abs.
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