quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Limites que muitos não enxergam

Vivemos em uma democracia. Frágil, incipiente, sujeita a abalos, é certo. Mas é tudo o que conseguimos construir após 20 anos de violenta ditadura militar. Ditadura esta, onde muitos que hoje usam a internet para falar o que vem a cabeça, nem sequer conheceram. Já entraram para a vida, com a casa mais ou menos arrumada.
Liberdade de pensamento é um dos pilares de toda democracia. Contudo, todavia, porém, há limites. E criar filhos sem limites é algo prejudicial. Todo pai deveria repetir isso incontáveis vezes todos os dias. 
Sendo assim, homicídios, roubos, furtos, injúria e difamação são crimes mais do que sabidos por todos. Mas homofobia é crime também. Racismo é crime também. Portanto, liberdade de pensamento nunca foi e nunca será ultrapassar os limites daquilo que a sociedade convencionou como inaceitável. E uma destas pessoas, que talvez não tenha recebido educação onde lhe deixassem esclarecidos os limites da convivência social, vai aprendê-los da pior maneira. Da maneira que muitos espalhados Brasil afora, certamente estão merecendo. Torço para que, no processo de aperfeiçoamento que vivemos, a tolerância seja a grande vencedora. Mesmo que para isso, tenhamos que vez por outra, ver com tristeza alguns cometimentos e suas desagradáveis consequências.
Clique aqui para saber mais.

6 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Para cada pai que entrega o próprio filho à polícia, por crimes que cometeram (houve uns dois casos nos últimos anos), há cem mil que superprotegem, deseducam, que estimulam as suas vigarices. É detestável.
Fosse filho meu (quero crer que jamais cometeria algo assim, mas se tivesse a audácia), seria severamente punido. Começaria perdendo o computador, mas só depois de publicar uma retratação expressa, sem meias palavras.
Perderia outros privilégios. Aos 2 e 3 meses, Júlia perde o seu brinquedo favorito por um dia inteiro, caso faça uma tolice. Realmente acreditamos que isso é um mal necessário.

Scylla Lage Neto disse...

Charlie, gostei muito do seu post.
O caráter educacional da discriminação e do racismo é bem claro - começa com piadas étnicas e sobre "minorias", ainda em tenra idade, no próprio âmbito da familia e da escola. E consequentemente cresce em progressão geométrica até chegar, é lógico, no twitter, destino de tudo e de todos nos dias atuais.
Triste, porém verdadeiro.
Abs.

Carlos Barretto  disse...

Sem dúvida, rapazes. Algo que temos que nos policiar, e por consequência, policiar os nossos, tendo em vista que o preconceito, frequentemente, ultrapassa os limites do consciente.
Daí a necessidade de estarmos atentos sempre.

Abs

Renato disse...

Acabei de escutar que a cidadã é aluna de Direito. Que advogados estão sendo formados? Imagine se termina a faculdade, faz um concurso e chega a juiz!!!

Anônimo disse...

Mas quem está fazendo a cabeça desta juventude? Na Uniban, uma massa alucinada tenta linchar uma garota porque usava minissaia; Universitários "brincam" de rodeio de gordas; uma jovem estúpida incentiva o ódio aos nordestinos, na maior demonstração de completa ignorância; a juventude rica de Brasília "brinca" de matar o índio Pataxó que dormia num banco de rua - e pior ainda, são inocentados da peraltice porque eram filhos de juízes e barões brasilienses. Até quando?

Yúdice Andrade disse...

As perguntas do anônimo das 12h30 são muito pertinentes. Ele lembrou alguns episódios marcantes, mas uma busca mais acurada traria à tona vários outros acontecimentos deploráveis desse tipo.
Precisamos, então, perguntar o que está levando os nossos jovens a se comportar dessa maneira. Não subtraio nem minimizo responsabilidades pessoais, claro, mas há alguma influência deletéria no ar, arrebatando gente que não pensa.