iPad, Galaxy Tab e iPhone (Imagem: Mac+) |
No mundo da tecnologia, quem adquire determinados produtos antes da maioria, além do prazer de curtir seu novo gadget, ganha a missão automática de explicar as características do produto aos demais, que ainda pensam em adquiri-lo. Trata-se de uma missão que vou cumprindo com prazer, seja pelo blog ou por conversas informais no cotidiano.
Contudo há alguns desafios, que exigem paciência e uma certa determinação. Primeiro, pelo fato de que nem todos lêem o blog, ou tem paciência de acompanhar tudo o que já foi publicado aqui, detalhando as características de determinado produto, desde a época de seu lançamento (que acompanhamos em tempo real sempre que possível) até sobre seu impacto e aceitação pelo mercado e usuários. E também pela constatação óbvia que nem todos tem o mesmo nível de conhecimento básico exigido para compreender alguns termos vastamente utilizados na área.
Tratam-se de desafios compreensíveis, até mesmo pelo simples fato de que este poster é médico e jamais se aventurou profissionalmente na área de tecnologia. Continuo sendo médico e tirando meu sustento da prática da medicina. Mas sou um intrometido de longa data, não exatamente na área de tecnologia, mas especificamente na área da microinformática e suas derivações da atualidade. E este simples fato, explica que eu também - a exemplo de meus leitores menos afeitos aos detalhes técnicos da microinformática - tenha algumas dificuldades em entender e tentar traduzir a importância, utilidade ou viabilidade de alguns lançamentos. Sendo assim, penso que dentro do saudável espírito colaborativo, de alguma maneira contribuo, dando apenas a visão particular de um usuário compulsivo de alguns tipos de produtos. Nem mais nem menos.
Para o apuro da informação aqui publicada, conto com a opinião abalizada de profissionais da área, muitas vezes em tempo real, como aconteceu no post sobre o lançamento da Mac App Store, que contou com uma bem vinda retificação de ASF@Web, meu frequente colaborador.
Não alimento a pretensão de analisar e recomendar todos os produtos que vão surgindo e que me despertam interesse. Até pelo fato de que não disponho de orçamento e nem vontade de adquirir todos eles para fornecer "avaliações" sólidas, como fazem blogs patrocinados e especializados.
Feitas estas ressalvas, devo chamar sua atenção para o iPad e ao menos para um suposto concorrente existente no mercado brasileiro. Seu nome é Galaxy Tab, produzido pela coreana Samsung, que traz embarcado o sistema operacional Google Android 2.2.
O Flanar apresentou este produto no início de novembro a seus leitores, inclusive apontando-o como o mais importante concorrente ao iPad. As razões apontadas naquele momento, apontavam o hardware como principal motivação para adquiri-lo, caso o iPad continuasse indisponível no mercado brasileiro. E neste sentido, cheguei a afirmar que gostei do produto. Contudo, apesar de opinar desta forma, meu foco era exatamente na confusão que este tipo de análise costuma gerar nos usuários finais. Levando em conta que desde outubro eu já possuía o iPad (e portanto minha escolha já estava feita), levantei a lebre do Galaxy, mostrando que enquanto o iPad aqui não chegasse oficialmente, este poderia ser perfeitamente um tablet que poderia ocupar seu lugar, inclusive suportando a designação de "concorrente". Sacaram?
Percebam que nesta época, no vácuo da chegada oficial do iPad ao Brasil, algumas operadoras, espertamente, apressavam-se em comercializar o Galaxy Tab. E o faziam, como estão acostumadas a fazê-lo: vendendo o produto como se fosse um telefone móvel superhiper bombado. Uma maneira irresponsável de vender um produto. Né não?
Como o iPad, o Galaxy também é um tablet. Possui metade de seu tamanho, é mais leve, instala aplicativos, tem conexão 3G/WiFi com a internet. Mas além disso, vem com câmera de 3 megapyxels, funciona como telefone celular, vem com TV Digital embarcada, entrada para cartões micro SD e ainda inclui no pacote o fone de ouvido e microfone bluetooth. Por estas razões, ele pode sim ser considerado como um produto com hardware melhor que o iPad. Não foi à toa que manifestei minha simpatia pelo produto.
Mas minha decisão é simples: hardware não é tudo. O melhor produto, em minha humilde opinião, além de estar bem situado no mercado, é aquele que combina um equilíbrio meio mágico entre hardware, software, modelo de negócios e principalmente atenda as suas reais necessidades com segurança e confiabilidade. Existem certamente, outras variáveis, que fogem a meu domínio, que alguns leitores poderão apontar. Mas as citadas, para mim, já servem para avaliar um bom produto. Não é a toa que escolhi o iPad. Mesmo sem câmera, sem telefone, sem leitor de cartões e sem TV digital.
A revista Mac+ em sua versão online, faz outra bem humorada comparação entre o iPad e seu suposto concorrente Galaxy Tab. Aquele que pretende escolher um tablet como seu companheiro fiel de acesso confortável a internet, deve passar obrigatoriamente pelo texto. Esclarece de maneira bem humorada algumas diferenças e situa alguns usuários que talvez possam se entusiasmar por um ou outro produto.
E pelo amor de Deus! É proibido citar a palavra netbook em qualquer discussão sobre tablets, certo? Tablet é tablet! Simplesmente outra categoria de produto. Netbook é netbook! Leia, avalie e veja se de fato você precisa deste tipo de produto.
By the way, ao menos para mim, os netbooks morreram!
5 comentários:
Não cai na armadilha da Sansung graças você. E sigo, satisfeito, ainda que meio sem tempo para mergulhar no iPad.
Entro de férias nesta semana e vou fazê-lo com muito gosto.
Também seguindo seus conselhos, me livrei de todos os Hp's notes e nets de minha casa e redondezas.
Resultado: sou um neo Mac satisfeito.
Só quem não tá nada satisfeito é meu bolso. Rsss!!
Mas, até de meu bolso eu discordo.
Os produtos da Apple são investimento -- não são gastos -- de longo prazo.
Recebi, agora mesmo da Mac Store Brasil, o conjunto de seis pilhas e carregador + o super headphone com dois microfalantes (esse caríssimo).
É um escândalo de bom.
Embalado. Adiquiri o doc da Bose para o meus pequenos meninos aqui.
Foi outra sessão de ó! e á! e ú! e os caraios!!!!
Aplle e Bose são ponta e valem quanto pesam.
Uma crítica.
Os fones que vem no iPod são miseráveis.
A borrachinha (um elo) cinza que faz o acabamento da parte exterior do alto falantes do produto, simplesmente apodrecem e isso é uma vergonha.
A Aplle poderia se mancar e mandar outras, pelo menos, pela durabilidade constatada por aqui, uns seis jogos de borrachinas para substituição.
Passo o dia e a noite escutando música.
Sou usuário pesado do iPod.
Exigo respeito.
E por falar em som.
Muitas, mas muitas novidades nesse Flanar até o Natal.
Lançamentos para arrasar qualquer rádio do Brasil.
Bem a meu gosto e dos leitores fiéis do Flanar.
Até lá e obrigado Carlos, por me alertar para não comprar gato por lebre.
DJ VAMP
mais conhecido como Val-André
Já que estamos falando de tablets, iPad e afins, aqui vai minha contribuição para esse papo.
Não esqueçamos jamais que o que define o sucesso de uma plataforma computacional é o universo de aplicativos, acessórios e possibilidades de aplicação.
Nesse quesito o iPad ganha absolutamente de todos os competidores que já surgiram até o momento, e com folga. Incluo aqui inclusive aqueles que já foram anunciados e ainda não estão disponíveis para compra como é o caso do PlayBook da RIM (para ele não há nem mesmo previsão de lançamento).
Você deseja uma porta USB, uma entrada SD no iPad? Basta comprar um adaptador para isso!
Deseja assistir TV Digital no iPad? Existem opções de receptores wireless (Tivizen), em Belém você compra na iStore), inclusive compatíveis com iPhone e iPod Touch!
Quanto ao fato de não estar disponível uma câmera frontal, ou na parte traseira do equipamento, realmente seria legal dispor da primeira - vamos aguardar pela próxima geração.
Sobre a câmera traseira, sou da opinião de que o iPad não é um dispositivo para tirar fotos. Vocês já viram o tamanho do iPad? Ele tem essas dimensões por uma razão: é um dispositivo de leitura e consumo de conteúdo multimídia. Eu por exemplo me sentiria constrangido carregando um iPad e levantando ele diante do meu rosto para fotografar alguma coisa em público.
A perspectiva no momento é de que essa liderança não mude rapidamente. Apenas para exemplificar, a plataforma que mais se aproxima do iOS (sistema do iPad), o Google Android, possui importantes limitações quanto ao tamanho das apps disponibilizadas na Android Marketplace que compromete o que pode ser feito nos dispositivos que usam esse sistema quando comparados ao iPad.
Para encerrar deixa eu dar uma dica de aplicação para o iPad, especial para quem curte vídeo.
Sempre ouço por aqui gente dizendo que o iOS é limitado quanto aos formatos de arquivos que suporta e isso se refere também aos formatos de vídeos. Pois bem, e se eu dissesse que você pode assistir no iPad vídeos de praticamente qualquer formato disponível? Inclusive sem a necessidade de conversão prévia?
Basta usar o fantástico Air Video, que também funciona com iPhone e iPod Touch.
A solução é composta de uma app e de uma aplicação para executar no Mac.
O funcionamento é simples, na aplicação do Mac você escolhe as pastas que deseja compartilhar, onde encontram-se os vídeos.
Na app você acessa os vídeos compartilhados e pode assistí-los independente do formato, inclusive com suporte a legendas. A conversar ocorre em tempo real e se você possui um Apple TV, pode inclusive redirecionar a exibição para sua TV através da tecnologia Air Play do iOS 4.2.1 ou superior.
É isso.
Já que estamos falando de tablets, iPad e afins, aqui vai minha contribuição para esse papo.
Não esqueçamos jamais que o que define o sucesso de uma plataforma computacional é o universo de aplicativos, acessórios e possibilidades de aplicação.
Nesse quesito o iPad ganha absolutamente de todos os competidores que já surgiram até o momento, e com folga. Incluo aqui inclusive aqueles que já foram anunciados e ainda não estão disponíveis para compra como é o caso do PlayBook da RIM (para ele não há nem mesmo previsão de lançamento).
Você deseja uma porta USB, uma entrada SD no iPad? Basta comprar um adaptador para isso!
Deseja assistir TV Digital no iPad? Existem opções de receptores wireless (Tivizen), em Belém você compra na iStore), inclusive compatíveis com iPhone e iPod Touch!
Quanto ao fato de não estar disponível uma câmera frontal, ou na parte traseira do equipamento, realmente seria legal dispor da primeira - vamos aguardar pela próxima geração.
Sobre a câmera traseira, sou da opinião de que o iPad não é um dispositivo para tirar fotos. Vocês já viram o tamanho do iPad? Ele tem essas dimensões por uma razão: é um dispositivo de leitura e consumo de conteúdo multimídia. Eu por exemplo me sentiria constrangido carregando um iPad e levantando ele diante do meu rosto para fotografar alguma coisa em público.
A perspectiva no momento é de que essa liderança não mude rapidamente. Apenas para exemplificar, a plataforma que mais se aproxima do iOS (sistema do iPad), o Google Android, possui importantes limitações quanto ao tamanho das apps disponibilizadas na Android Marketplace que compromete o que pode ser feito nos dispositivos que usam esse sistema quando comparados ao iPad.
Para encerrar deixa eu dar uma dica de aplicação para o iPad, especial para quem curte vídeo.
Sempre ouço por aqui gente dizendo que o iOS é limitado quanto aos formatos de arquivos que suporta e isso se refere também aos formatos de vídeos. Pois bem, e se eu dissesse que você pode assistir no iPad vídeos de praticamente qualquer formato disponível? Inclusive sem a necessidade de conversão prévia?
Basta usar o fantástico Air Video, que também funciona com iPhone e iPod Touch.
A solução é composta de uma app e de uma aplicação para executar no Mac.
O funcionamento é simples, na aplicação do Mac você escolhe as pastas que deseja compartilhar, onde encontram-se os vídeos.
Na app você acessa os vídeos compartilhados e pode assistí-los independente do formato, inclusive com suporte a legendas. A conversar ocorre em tempo real e se você possui um Apple TV, pode inclusive redirecionar a exibição para sua TV através da tecnologia Air Play do iOS 4.2.1 ou superior.
É isso.
Beleza, Antonio.
Obrigado pela sempre abalizada opinião.
Postar um comentário