Esta simples imagem, designada pelos fotógrafos profissionais como "retrato", tem uma história. Por si só, talvez ela informe a cada um dos leitores, emoções diferentes. Ou mesmo nenhuma emoção. Mas eu contarei sua história e poderei compartilhar a emoção que tive ao fazê-la.
Passei a virada do ano, visitando a magnífica região de Alter do Chão, agora conhecida pelos paraenses, como "uma das praias mais lindas do mundo segundo o The Guardian", periódico inglês que a divulgou para todo o mundo.
Eu e meus dois filhos, visitávamos uma das praias da região. Praia de Ponta de Pedras. Uma praia rústica, de areias brancas e um grupos de enormes rochedos agrupados caprichosamente em apenas uma pequena área de uma vasta extensão de areias brancas.
Frequentada por moradores da região, os rochedos parecem ser a principal atração de seus visitantes. Adultos, crianças e adolescentes, competem animadamente para cumprir o desafio de subir os rochedos e registrar seu feito.
Estava eu postado em um plano mais baixo dos rochedos, com a vistosa Nikon pendurada no ombro. Preocupado com as atividades de meus filhos em meio as rochas pontiagudas, monitoráva-os sem me aperceber que dois adolescentes nativos estavam subindo rapidamente ao ponto mais alto daquele estranho aglomerado de pedras. De repente, ouvi um pequeno silvo que vinha da direção do topo das pedras.
Os adolescentes me chamavam a atenção. De agora em diante, tenha em mente que o que aconteceu, durou apenas um punhado de segundos.
- Ei! Ei - chamavam eles a minha atenção, de pé no topo das pedras.
-Tira uma foto nossa?
De imediato, com a câmera regulada para o automático, apontei a lente para eles, enquanto eles rapidamente se sentaram, assumiram esta "pose" e riram. Só fiz clicar.
Nada mais me foi perguntado. Mas o desafio pessoal que tive em tirar esta única imagem, foi estranhamente interessante. Coisa que posso simplificar da seguinte maneira: inocência de fotógrafo e seu alvo espontâneo.
Como é bom o aprendizado diletante da fotografia.
3 comentários:
Carlinho,
Acho que quando você foi eu voltei de ponta de pedras, via fluvial. Aproveitei e assisti ao balé dos botos na ponta do cururu, algo sublime. Também tirei fotos, mas abarcando um Tambaqui de 3Kg delicioso e me lambuzando tal como você se fez na sua "rolleiflex". Que terra bonita, esta que minha mae nasceu.
Carlinho,
Acho que quando você foi eu voltei de ponta de pedras, via fluvial. Aproveitei e assisti ao balé dos botos na ponta do cururu, algo sublime. Também tirei fotos, mas abarcando um Tambaqui de 3Kg delicioso e me lambuzando tal como você se fez na sua "rolleiflex". Que terra bonita, esta que minha mae nasceu.
Barretto,
Ia justamente comentar sobre a viagem Alter-Ponta-Alter via rio e sobre a ponta do Cururu, quando li o comentário do Roger aí em cima.
Espero que tenhas feito esse trecho por barquinho. Posso te dizer que é uma experiência idílica de contato com a natureza.
Abraços.
Postar um comentário