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Este é o título do post publicado pelo jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto em seu blog hoje, 14/12. Concordo em parte com a afirmação. Penso que nos conflitos de terra é caso de intervenção. Na violência urbana, não! E não acho que o Pará deva trocar divisão por intervenção: discordo. Não queremos divisão: essa foi a decisão da maioria. Mas isso não quer dizer que acabaram-se as minorias depois do plebiscito: Não!
Michel de Montaigne lá do séc. XVI sacou a seguinte questão,- que "Por diferentes caminhos chega-se ao mesmo lugar". Podemos escolher. Eu escolhi o Não. Mas não ignoro nenhum dos conflitos existentes na questão da Divisão. Fiz uma escolha. Minha questão com a divisão não é por salvaguardas institucionais. Apoia-se no território e na população. São os dois maiores valores do Estado em que nasci: perdoem-me. Sei que precisamos ir para o empate com a federação, e acho que mais Representação iria apenas aumentar o tamanho do rombo público. Quero diferenciação e retorno na distribuição dos impostos; não quero apenas dar e não receber. Estou feliz com a não divisão do Estado. E acho necessário pensar numa intervenção sobre o conflito agrário e a morte de representantes de sindicatos rurais: agora foi em Rondônia.
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3 comentários:
Eu acho que precisa sim de intervenção, mas essa intervenção deveria ultrapassar os limites agrários. Deveria ter intervenção na fiscalização do emprego do dinheiro público. Tanto no estado quanto no município o dinheiro está se esvaindo em pagamentos à alguns servidores "temporários" que recebem altos salários como recompensa pelas atividades incompetentes que exercem. Se gastos fossem cortados certamente alguma coisa já poderia ter sido feita para melhorar a vida dos mais necessitados.
Mas como funcionária pública sei que isso é apenas um devaneio. Cada novo gestor que chega faz a faxina, e já traz os novos ocupantes da casa. E assim os anos passam e nada muda. Como diz o jornalista Boris Casoi, isso é uma vergonha.
Cara Marise,
Que bom "reve-la" aqui!
Concordo com você sobre o nosso maior patrimônio: a população e o território.
Sou contrária à divisão do estado por acreditar que já fomos divididos há décadas e disto jamais resultou melhores condições de vida para o povo.
Fomos divididos pela federalização do território paraense, seja pelo Drcreto 1161/71 que, embora revogado, jamais resultou em devolução do patrimônio fundiário do Pará.
O plebiscito permitiu duas coisas importantíssimas: a discusssão a nossa independência federativa e a discussão da descentralização da gestão.
Sobre a federalização, recomendo a leitura do precioso estudop feito pelo Professor Gilberto Mirabda, como colaboração ao estudo (di) visões territoriais do estado do Pará. Aqui:
http://www.idesp.pa.gov.br/pdf/(Di)VisoesTerritoriais_OcupacaoUsoTerritorio.pdf
Abração.
Adelina, a recíproca é verdadeira: muito bom revê-la aqui.Vou ler sim e quem sabe levar para um debate com alunos. Precisamos discutir com muita firmeza e elegância a questão federativa e o que nos custa tudo isso; além da gestão, é claro!
Bj
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