sábado, 3 de dezembro de 2011

Tá bom!

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Duda Mendonça é o Rei, nem poderia ser diferente. Em terra de Cego quem tem um olho é Rei. Ditado dos melhores e que me serve como uma luva. A construção do rancor é a meta do marqueteiro. Rancor dos paraenses contra os belemenses. Rancor dos abandonados do Pará, contra os aquinhoados de Belém. Pois é! Só falta mostrar a realidade dos fatos! Como as estradas daqui estão iguais as de lá; não tem o que dizer! Como a saúde aqui está pior do que a de lá; não tem o que dizer! Como a educação aqui está igual a de lá; não tem o que dizer! A proposta é apenas esta: divide, instala a estrutura dos novos governos, cria o aparato burocrático e coloca um novo Rei em cada novo estado. Um Rei mais próximo de se povo: um povo melhor assistido. Tá bom! Tá certo! Mas cadê a viabilidade  econômica? Estamos a 8 dias do plebiscito e cadê a viabilidade econômica? Melhor, quais são os elementos geográficos, ecológicos e humanos que determinaram a divisão do Pará nos moldes em que estão? Cadê?  Nada. Perguntem aos moradores das regiões que vão compor os desejados novos estados: "O que você sabe sobre os novos estados?" Não sabem de nada; não tem eleitor mediano.
O NÃO vai ganhar! E aí Sim as coisas vão começar a funcionar, os conflitos vão ficar claros, abertos, transparentes. É do que precisamos: conflitos, competição e representação pública.

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2 comentários:

Lafayette Nunes disse...

DOIS TEMPOS:

-Conversando com o papai, que já passou pela UTI essas 2 semanas, mas já tá na casa do Fernando, recuperando-se (ps.: Enfartou... a perna!!!), ele me disse que a viagem dele, no início do mês por Altamira, deu-lhe a certeza que achava que tinha: Altamira (o Vale do Xingu, por fim) está ferrada e mal paga neste plebiscito.

É que, históricamente, aquela região foi, umbilicalmente ligada à Capital, à Belém. Desgraçadamente ligada, em vários e longos momentos, diga-se.

Também históricamente, Altamira não sabe o que é Tapajós e muito menos, Carajás. Não conversa com os dois, não tem nada a ver com nenhum dos dois.

O que resta pro Xingu é o concreto armado de Belo Monte!

Então perguntei, e aí? Ele: "E aí? Lembrei de uma historinha."

Não me lembro como, quando e onde, um time da Espanha, ou a própria Seleção, perdeu uma semi-final da copetição para um inimigo mortal. O outro finalista também era um adversário odiado.

No dia da final, o maior jornal desportivo da Espanha dá como título (mais ou menos assim):

"QUE PERCAM LOS DOS!"

OUTRO:
Em outra conversa, falando sobre o Plebiscito, propus que o Pará se dividisse em milhares de partes, milhões!

Até ficar do tamanho do nosso quarteirão, assim, invariávelmente, depois de certo tempo, conheceríamos, de infância, de sempre, nossos representantes políticos, de onde vieram, do que pessam, o que são.

Poderia não ser a solução, mas pelo menos poderíamos lhe virar a cara quando cruzassemos na calçada, ou gritar da janela, quando o cabra roubasse os cofres públicos:

"ALÁ, LÁ VAI O SAFADO. PILANTRA!"

"FALA LADRÃO!"

Ou, então, aquela tia velha, comentando na soleira da porta com a vizinha: "Quem diria o Raimundinho... ainda vi esse nosso governador, menino, se cagando todo, cheio de lombriga no bucho, agora taí, todo pavão, dando uma de bacana, nem dá mais bom dia."

Ou, o seu Zé Queixo, numa roda do bar, amigo de infância daquele deputado, recém preso por pegar "ponta" pra votar uma lei absurda: "Rapá, ele num era nada disso ...dava o cu por peteca, agora taí, querendo milhões e milhões. O poder cresce as pessoas, né?".

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A mamãe só rindo, ao lado da mesa...
...eu me divirto com os velhos, olha!

Marise Rocha Morbach disse...

Ótimo Lafa, rsrsrsrs. Espero que o nosso grande timoneiro se recupere bem e com vigor.Eu já vi muitos filmes como esse do teu pai; continuo rindo muito de todas essas comparações como a tua mãe. Aliás, tenho um humor inabalável. Sou contra a divisão, tenho convicções para além do esquecimento! Beijos muitos em todos vocês.