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Um ano de governo Simão Jatene e estamos a espera das ações prometidas durante a campanha. Um ano é pouco, dois anos é bom; três é demais? Não, no quarto ano vamos começar a ouvir que quatro anos é muito pouco prá tantos problemas.....É uma conhecida regra do Marketing Político: jamais diga que as coisas podem ficar piores do que estão. Mas no caso de Simão Jatene pode ser que o prognóstico seja esse. Sentir saudades do governo de Ana Júlia Carepa é impossível! Mas Simão Jatene ainda não disse a que veio; e tem repetido desde o plebiscito da separação que o Pará é um estado pobre: quanta novidade! O PSDB foi governo por doze anos consecutivos: quais são as ações para o desenvolvimento do Pará?!?
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Dei uma boa caminhada por Marabá. O Prefeito de Marabá se apresenta como eleito por Deus e fala em nome dele em qualquer cerimônia: trata-se de um parvo. É incrível que uma cidade com a complexidade de Marabá esteja sob o comando de um gestor desta qualidade. Tirando as obras federais, não vi nem ouvi nenhum esboço de projeto político para aquela região. A ALPA é uma incógnita; e eu não acredito que seja levada à frente pela Vale; outras empresas devem assumir o comando. E já existem centenas de pessoas vivendo a expectativa da ALPA e chegando naquela região em busca de sorte e fortuna.
Uma coisa é certa, temos que formar quadros para gerir o Pará: a situação é dramática!
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Belém está falida, esta é a mais pura verdade! Dói, eu sei, mas é verdade. Por aqui o governo do PSDB já deixou as suas marcas: inclusive com o Hangar Centro de Convenções: tão adorado e prestigiado durante o governo de Ana Júlia Carepa. E o que mais? A nossa resposta à divisão do Pará foi NÃO. Agora queremos saber quais são as ações do governo de Simão Jatene para o desenvolvimento do Pará: ou vamos ficar a ver navios por mais três anos?
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7 comentários:
Nunca esperei nada desse governo. Depois do que os tucanos fizeram em 12 anos, ao estilo Maluf (aqui e ali uma grande obra, para encher os olhos e quiçá certos bolsos), foram governos de péssimos índices sociais. Nada mudou.
Jatene é aquilo mesmo: odeio aquela voz ensaiada, sempre com discursos grandiloquentes de união, sem nenhum conteúdo prático. E, como se vê, sem consequências práticas.
Também não espero nada desse governo Yúdice!
A pergunta que faço é: Qual/O que seria um Governo estadual paraense pra dar certo, ou que fizesse, realmente, a grande mudança nos (não)rumos ao Pará?
Sou muito fraco em análises políticas. Falar de política, até que falo, mas análises políticas realmente requerem muitos estudos técnicos, específicos, o que não tenho.
Mas chuto aos montes!
Um dia imaginei que se o Estado tivesse um(a) Governador(a) do mesmo partido do(a) Presidente, isto seria, não a solução, mas algo realmente muito bom.
Nestes últimos 20 anos já tivemos Governos estaduais em que os partidos do governador(a) do Pará era o mesmo do Presidente da República. Vi que estava errado.
Agora estamos numa situação contrária. Sei lá o que pensar. Acho que o Jatene pode, realmente, fazer algo. O que? ...não sei.
Passamos por um Plebiscito em 2011 que o que mais se viu foram discursos eleitorais visando as eleições municipais de 2012. Projetos pessoais, portanto.
E digo que, quem mais tentou colocar as questões estaduais em debate foi a campanha do SIM, porém, num desastroso viés, no meu entender, de não dizer simplesmente: "Queremos nos separar porque queremos. O problema não é nosso, a solução ou o problema é de vocês se querem ficar com a gente".
O Duciomar Costa(PTB), vereador e deputado estadual, foi turbinado eleitoramente pelo PSDB e eleito Senador em 2002, virou Prefeito de Belém em 2004.
Em 2008, mais uma vez Prefeito, só que agora com o apoio do PDT/PTC/PRP/PV/PTdoB/PSC/PSDC/PR/PRTB, e, no 2º Turno, PT.
Dia 04/12/2009, o Juiz da 98ª Zona Eleitoral cassou o mandato do Duciomar. Voltou por liminar. Em 2010 o vi (tirei foto, inclusive) no palanque com o Lula, a Ana Julia, Dilma e uma ruma enorme de políticos e candidatos à, todos do PT, lá na Pedro Miranda.
Voltando. Realmente não sei o que pensar, quando o assunto é "qual visão de se fazer política de governo se deve votar?".
Marise a situação é dramática, e, a minha situação também é dramática! Olha só:
Ano passado votei no Jatene(PSDB). Não votei pra nenhum candidato(a) a Senador(a); Votei no Jordy(PPS); e Votei na Araceli Lemos(PSOL).
Em Outubro que vem, aproveito e vou surfar?
Meu querido Lafayette, a sua pergunta se aproxima daquela que Lênin fez ao séc.XX: O que fazer?
Em primeiro lugar quero lhe dizer que é necessário ampliar a participação da sociedade nas decisões de governo. Prá isso o Estado Contemporâneo inventou a Publicidade Social. São milhões de reais destinados ao governo visando ampliar a democratização e o acesso às informações; e que viraram porta para roubalheiras e caixas 2.
Em segundo lugar, precisamos dar continuidade aos processos e as políticas gestadas pelos governos seja qual for a alternância de poder.Lula fez isso com o governo de FHC. Os resultados estão aí.
Em terceiro lugar precisamos de gestores capacitados e de uma oposição consequente, o que não temos no Pará faz tempo.
Em quarto lugar precisamos de governadores comprometidos com a República não com seus interesses particulares e oligárquicos.
Em quinto lugar precisamos de transparência na administração pública não dessa cambada de ladrões na esquerda e na direita.
Em sexto precisamos de investimentos públicos em educação e saúde com regularidade, aferição de resultados e transparência.
Em sétimo, temos que exigir que o Judiciário cumpra o seu papel e que não fique trocando figurinhas com o Executivo visando capturar favores e encher os bolsos dos magistrados de dinheiro.
Em oitava é necessário reforma política e administrativa.
Em nono, precisamos quebrar o nariz dessa montanha de ladrões que toma de assalto os cofres públicos em nome de ideologias ultrapassadas e de interesses mesquinhos.
Em décimo, precisamos ter argumentos públicos para defender interesses públicos. Precisamos cobrar e vigiar os governos sejam de que partido forem. Não são deuses, são representantes da escolha pública.Não há milagres no mundo real!
Tudo isso é demasiado complexo, mas não deve trazer de volta a nossa velha vocação autoritária. A liberdade é um bem: lutemos por ela.
Bj.
Ufa! Há saída!
Ps.: Posso ribaltar lá pro meu blog?
Diz que sim diz que sim ...siiiiim?!
Como diria o Caetano Veloso: coragem grande é poder dizer sim!
É isso, sim! Beijocas Lafa!
Lafayette, vou na sequência da Marise dar os meus pitacos:
1) Primeiro, gestores que não roubem, ou pelo menos que maneirem na roubalheira. Já ficam dizendo que o estado é pobre (vai ser a ladainha dos próximos 3 anos...), então não roubem o pouco que já tem;
2) Investir em formação de carreiras, em servidores concursados, treinados e bem remunerados;
3) Pensar em políticas públicas permanentes (nada de paliativos e ações emergenciais) para educação, saúde, segurança pública, infraestrutura e transporte;
4) Trabalhar com planejamento plurianual, olhando para o presente e também para o futuro - mas um planejamento de verdade, honesto e factível, e não aquela lorota de papel que eles mandam todo ano pra Assembleia Legislativa, e esta finge que acredita;
5) Reforçar a área de controle (auditoria/fiscalização) e de correição do Poder Executivo.
Acho que se fizessem metade disso, já mudava a cara do Estado.
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