Não tenho certeza. Sempre fui péssimo para recordar datas. Mas acredito que minha adoção da plataforma Mac começou há cerca de 5 anos.
Naquela época, como o resto do mundo, estava plenamente envolvido com PCs da plataforma conhecida como Wintel (computadores equipados com processadores Intel e sistema operacional Windows).
Isso mesmo! Neste momento, eu era um entusiasta dos PCs, do Windows, e principalmente, da sedutora possibilidade de configurar e montar meu próprio hardware.
Computadores? A princípio, como todos, comprava-os montados. O primeiro deles, com o Windows 3.11, o melhor sistema operacional da época. Encantado com a primeira experiência em microinformática, passei a ler muito sobre seu funcionamento, constituição, características técnicas, etc. Como consequência, passei a desejar montá-los pessoalmente. Arrisquei comprá-los aos pedaços. Placa-mãe, gabinete, placas gráficas, HDs, memória, drive de CD/Disquetes, etc. Reservei um domingo, montei tudo e finalizei instalando a versão mais recente do Windows (na época, Windows 95).
Foi de um prazer indescritível, ao final do lento e meticuloso (e às vezes, rude) processo de montagem, apreciar a máquina completar o seu primeiro "boot". O grand finale de um desafio auto-inflingido. Algo bem maluco mesmo. Afinal, eu tinha a opção de evitar tudo isso adquirindo o micro pronto, como todos faziam.
Neste cenário, estimulado pelo que lia e ouvia falar, arrisquei tímido e receoso (na verdade, apavorado), com a máquina Apple mais acessível que poderia adquirir. Um computador portátil, feito de impecável plástico branco, com uma duríssima missão: provar ser poderoso e eficaz em substituir tudo o que me era permitido (mesmo que parcialmente) com os estimados PCs Wintel.
A princípio, experimentei algumas dificuldades que logo entenderia como naturais. Com efeito, somente um pouco mais adiante, cumprida a indispensável curva de aprendizado/dessensibilização, absorveria este conjunto de sinais e sintomas, e, como num primitivo rito de iniciação, batizaria-os de "síndrome pós- windows" (SPW). Algo forte, mas totalmente passageiro. Essencialmente, defino a SPW, como o tempo que todo mortal precisa para entender que "tudo o que você faz com o Windows, será plenamente capaz de fazer com o Mac".
E foi com o modesto Macbook Branco (um portátil Apple), com aquele perfil de hardware fechado tipicamente de iniciante (entry level), que consegui substituir os PCs Wintel. Com uma vantagem adicional : não precisava mais instalar antivírus/firewall, habitualmente capazes de diminuir sensivelmente a performance do PC mais poderoso.
Não havia como resistir ao apelo do novo paradigma. Tanto, que logo em seguida, toda a família adotaria alegremente os Macs.
Concluindo, foi com alguma melancolia que tomei conhecimento hoje, que a Apple deixará de produzi-lo. Simplesmente, o branquinho deixou de fazer sentido no mercado. E o motivo é simples. Pelo preço de um Macbook de plástico, você hoje compra uma máquina Apple portátil muito mais resistente e poderosa.
Hardware mais poderoso e barato, associado a natural resistência e robustez do alumínio, inviabilizaram o pioneiro de plástico.
Fim do caminho para os Macbooks Brancos. Que repousem em paz. Com toda a honra e respeito.
A princípio, experimentei algumas dificuldades que logo entenderia como naturais. Com efeito, somente um pouco mais adiante, cumprida a indispensável curva de aprendizado/dessensibilização, absorveria este conjunto de sinais e sintomas, e, como num primitivo rito de iniciação, batizaria-os de "síndrome pós- windows" (SPW). Algo forte, mas totalmente passageiro. Essencialmente, defino a SPW, como o tempo que todo mortal precisa para entender que "tudo o que você faz com o Windows, será plenamente capaz de fazer com o Mac".
E foi com o modesto Macbook Branco (um portátil Apple), com aquele perfil de hardware fechado tipicamente de iniciante (entry level), que consegui substituir os PCs Wintel. Com uma vantagem adicional : não precisava mais instalar antivírus/firewall, habitualmente capazes de diminuir sensivelmente a performance do PC mais poderoso.
Não havia como resistir ao apelo do novo paradigma. Tanto, que logo em seguida, toda a família adotaria alegremente os Macs.
Concluindo, foi com alguma melancolia que tomei conhecimento hoje, que a Apple deixará de produzi-lo. Simplesmente, o branquinho deixou de fazer sentido no mercado. E o motivo é simples. Pelo preço de um Macbook de plástico, você hoje compra uma máquina Apple portátil muito mais resistente e poderosa.
Hardware mais poderoso e barato, associado a natural resistência e robustez do alumínio, inviabilizaram o pioneiro de plástico.
Fim do caminho para os Macbooks Brancos. Que repousem em paz. Com toda a honra e respeito.
3 comentários:
Sem querer atingir nenhuma suscetibilidade, meu amigo, de minha parte agora pode ser que eu compre um notebook da Apple. Costumo dizer que não gosto nem do branco do olho, por isso não compro nem uso absolutamente nada dessa cor. Lamentava que a marca produzisse bons equipamentos, mas insistisse nessa brancura excessiva.
Portanto, para mim, a notícia é auspiciosa. Só espero que os preços ajudem.
Caríssimo Yúdice, mesmo durante o reinado o MacBook White como modelo entry level dos portáteis Apple, sempre existiram opções. Falo do irmão dele, o MacBook Black e dos MacBook Pro prateados. Registre-se modelos mais poderosos e mais caro que o branquinho.
Agora, se você realmente pretente salvar-se (ou condenar-se, como certamente alguns podem afirmar) comprando o seu primeiro Mac, eu recomendo que escolha um dos modelos do MacBook Air (portátil) ou o Mac mini (computador de mesa).
Depois de salvo ou perdidamente condenado, uma coisa eu sou capaz de afirmar, você não vai se arrempender. Com a devida orientação a SPW passa rapidinho e é indolor.
Conte conosco.
Valeu, ASF.
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