quinta-feira, 19 de abril de 2012

Neoimperialismo e alienação


Imagem: AFP

Muito me entristecem as notícias oriundas do Bahrain, onde será realizado o Grande Prêmio de Fórmula 1 no próximo final-de-semana, apesar da instabilidade política e das manifestações violentas dos rebeldes contra a corrida.
Ignorar os atos de violência, os relatos de tortura e de violação dos direitos humanos e insistir no GP caracteriza uma situação tipo "topa tudo por dinheiro".
Algumas emissoras de TV da Alemanha, da Finlândia e do Japão se recusaram a ir, assim como muitos repórteres e uns poucos membros das equipes (o cozinheiro da Williams, por exemplo).
Até o parlamento britânico se manifestou contra a realização da prova.
O meu espanto não é com a posição dos dirigentes da categoria (quem espera civilidade de um Bernie Ecclestone?) e sim com a atitude de cordeiro das equipes e dos pilotos.
Não haverá entre eles um apenas que tenha hombridade?
Criar uma ilha da fantasia numa terra assolada por abusos políticos não é propriamente o objetivo de nenhum esporte.
E apesar de ter visto todas as corridas nos últimos anos, me recuso a assistir esta.
Espero que muitos fãs do automobilismo tenham a mesma atitude, mundo afora.

2 comentários:

Silvina disse...

Muito legal tua atitude, Scylla. Principalmente sabendo da paixão que tens pelo automobilismo. Quisera outros seguissem teu exemplo no sentido da idéia dispertada pela tua decisão, em outros campos sociopoliticoeconomico. Viajei fundo no teu pensamento.

Scylla Lage Neto disse...

Aceleremos no pensamento, Silvina, desde que possamos frear...
Kss