terça-feira, 17 de julho de 2012

Leveza

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Admoestada pelos integrantes deste blog só terei em minha bolsa - de agora em diante - coisas leves: isopor, algodão e náilon. Saindo de férias em agosto levarei na bagagem apenas coisas leves - o fusca não será possível: o excesso de bagagem pode subtrair as delicias de minhas férias. À Califórnia remeterei uma enorme quantidade de coisas leves. E, se um dia  for ao Hermitage, correrei em busca de Matisse: levíssimo. Aos intensivistas e neurologistas deixarei toneladas de algodão: nada mais apropriado. Não me interessarei por este blog, sequer lerei os comentários. Em agosto estarei leve e fagueira à procura de coisas leves e, ao retornar, estarei diáfana.Política,  rock  e punk serão coisas descartáveis. Serei apenas leve, leve, levíssima.

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10 comentários:

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Marise, se meu fusca falasse, o "azul-calcinha", eu te emprestaria...

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Já que vais levitar com o Matisse, aproveite e se "colorize" com Kandinsky, no Hermitage. Fiz isso em maio, Marise. Se precisares de guia em Petersburgo que fale bom Português, recomendo Natasha, minha personagem do próximo post.

Marise Rocha Morbach disse...

Obrigado Roger, não irei ao Hermitage, ainda. Mas aguardo o seu post.

Carlos Barretto  disse...

Hehehehehe

Ótimas férias, querida.

Scylla Lage Neto disse...

Marise, quer uma sugestão de um livro para levar na viagem?
Que tal "A Insustentável Leveza do Ser", do Milan Kundera?
Rss.
Ok, ok, it's not funny any longer...
Boas férias!

Marise Rocha Morbach disse...

Já li meu caro Scylla; já tenho outros na mala.

Ana disse...

Boas férias Marise, mas não volte muito leve...
Leve mas nem tanto! Com a mercantilização da dietética na modernidade, usar produtos diet e light pode ser fatal, ao contrário do que dizem a propaganda dos multimilionários laboratórios farmacêuticos.
O CICLAMATO DE SÓDIO, por exemplo, presente em quase todos os adoçantes artificiais disponíveis nos restaurantes e botecos, não só adoça como mata. Pesquisas científicas publicadas dão conta que esta substância produz CÂNCER em ratos de laboratório. E as pobres cobaias humanas, digo, consumidores humanos, também desconhecem que SACARINA SÓDICA produz o mesmo efeito em suas congêneres mamíferas, os roedores. Perguntem para o telefone de informações ao consumidor do ZERO-CAL e outros, eles irão mentir como sempre.
Açúcar, ao contrário do que pensa a crendice popular, não causa DIABETES, nem, muito menos, câncer. Isto provado há séculos, por toda a civilização, pelo consumo mercantilista. No entanto, é produto de terceiro mundo, Brasil, Cuba, etc, não convém deixar o mercado dele crescer sem freio, como vinha ocorrendo, também, há séculos, até que esses países cometeram o acinte de se libertar do colonialismo! A febre midiótica, digo, midiática de “Sugar Blue” veio nos anos de 1970, após o bloqueio a Cuba e a instalação – perene- de Guantánamo.
Aliás, quem não leu Sugar Blues (1975), o livro maldito contra o açúcar, escrito pelo norte-americano George Ohsawa, que se tornou vegetariano, após ser um dos grandes amigos da diva Billie Holliday ( será que ele era dado às overdoses? Não de açúcar, claro, mas de outros leves cristais reluzentes como o açúcar refinado? Será que ele associou como um rato o estímulo descriminativo? Questões ao vento...)? Bem, mas cristais reluzentes, em geral, são mesmo excessivamente phaticos, portanto, Marise, coisas leves e refinadas, mais uma vez, nem sempre são recomendáveis....
Açúcar não causa diabetes, como erroneamente supõe a burguesia próspera e gorda. Aliás, se próspera, porque gorda? Gorda, mas próspera... Mas, se próspera, por que gorda? Contradição insolúvel, por ora. Agradecendo o sábio Braz Cubas, o primeiro defunto autor de grande linhagem, desejo a você Marise, ótimas férias!

Marise Rocha Morbach disse...

Como te disse Ana, eu haveria de escrever sobre Mattia Pascal e Brás Cubas. Aquele post escrevi prá ti, que bom que gostaste.São dois personagens maravilhosos. O Lucas acabou de ler Brás Cubas e ficou apaixonado pelo personagem e pelo texto do Machado de Assis. Quanto aos adoçantes, não fique preocupada. Não tenho muito apreço por excessos. Vou flanar por quinze dias e na volta lhe conto sobre a viagem. Bjs e cuide-se.

Lafayette Nunes disse...

Leve? Duvido!

A não ser que leveza não signifique superficial.

Marise Rocha Morbach disse...

És um querido Lafayette, bjs.