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Guia Folha - Que diferenças você teve ao filmar "Na Estrada", em relação a filmes como "Terra Estrangeira", "Diários de Motocicleta" e "Central do Brasil", todos "road movies"?
Walter Salles - O ponto de partida de todos esses filmes é o fato de que, na largada, você tem personagens que estão insatisfeitos com o que a sociedade lhes oferece e querem ampliar essas possibilidades. São personagens que tentam redefinir um futuro. A diferença desse projeto em relação a todos os outros é que ele se passa em uma geografia muito específica, a geografia norte-americana, e os personagens que estão nesse Hudson, nesse velho carro de 1949, estão em busca de uma última fronteira, desta última fronteira norte-americana.
Walter Salles - O ponto de partida de todos esses filmes é o fato de que, na largada, você tem personagens que estão insatisfeitos com o que a sociedade lhes oferece e querem ampliar essas possibilidades. São personagens que tentam redefinir um futuro. A diferença desse projeto em relação a todos os outros é que ele se passa em uma geografia muito específica, a geografia norte-americana, e os personagens que estão nesse Hudson, nesse velho carro de 1949, estão em busca de uma última fronteira, desta última fronteira norte-americana.
Uma biógrafa do Kerouac diz que o que torna este relato interessante é o fato de que é também uma narrativa sobre o fim da estrada, que justamente prenuncia o fim do sonho americano. O território já foi todo ocupado, há pouco para descobrir, e é por isso que esses personagens vão entrar em colisão com essa cultura.
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Um comentário:
Prá quem não leu On The Road, tá na hora. Tô muito curiosa com o filme. Gosto do Walter Salles e imagino que ele conseguiu realizar um filme na dimensão do belo texto do Jack kerouac. Gosto muito de tudo que já li dele até aqui.
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