quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Valter Hugo Mãe

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A literatura me faz falta, me sinto burra quando dela me distancio. Tem sempre um Drummond a mão: mas tenho gostado de novos escritores;  aqueço a minha "alma" com  novas escritas. O escritor angolano Valter Hugo Mãe é uma dessas escritas  que me enche de prazeres. A máquina de fazer espanhóis é simplesmente envolvente. O personagem é um senhor que é recolhido a  um  lar de idosos depois da morte de sua companheira. Daí, começa aquilo que nos recusamos em aceitar que acabará: a velhice! O estilo, as imagens de Valter Hugo Mãe, vão nos conduzindo, entre sustos, piedades e revoltas,  ao  universo singular de um homem velho e lúcido, que tem a coragem de deixar que  toda a sua perplexidade venha à tona. Entre os companheiros da casa está o Esteves sem metafísica: aquele que deu a Fernando Pessoa a imagem do chocolate sem metafísica. Um livro adorável, e que me enterneceu; e que me revoltou com a velhice.


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2 comentários:

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Preciso conhecer Mãe. Já ouvi falar bem dele. Tenho mais me apegado a Mia Couto e Gonçalo Tavares, das mais nova geração. Essa dica sua me faz colocá-lo na listinha. Vai pro carrinho de compra, essa dica sua.

Marise Rocha Morbach disse...

Vale a pena Roger!