quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Documentário sobre Jorge Mautner e os encantos pernambucanos quando batem no meu coração


Dizer que a safra artística, em especial (ou não), a safra sonora, que brota em Pernambuco brota feito “chuchu na serra” é praticamente chover no molhado. Ô gente pra produzir e me seduzir!

Dia desses via e lia a revista Tpm divulgando fotos e entrevista com Otto, que é feito uma fera ferida. Arrebatador. Eu o vi fazendo "a xepa" do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais. Fiquei de joelhos. E rezei. Hoje me deparo com a divulgação de um documentário sobre Jorge Mautner, em que ele interpreta o hino Maracatu Atômico. Daí para eu chegar à minha mais "nova" musa Karina Buhr... foi um pulo. Égua da mulher pra fazer letra visceral! E olha que ela tinha uma pegada completamente diferente quando fez parte da Cumadre Florzinha! Ela estuda teatro, desenha, pesquisa música e experimenta. No palco, performática. Tive o prazer de ver uma apresentação dela em Buenos Aires, que só me encantou ainda mais. Tô ficando com os joelhos moídos...

Só me resta deixar duas das letras dela que adoro, e que enveredam por dilemas semelhantes. Dá pra escutar tudinho no site dela. Eu recomendo.

A Pessoa Morre
A pessoa morre depois de tanto verbo
A pessoa morre de fome
Depois de tanto verbo a pessoa morre
A pessoa morre
A pessoa morre
A pessoa morre depois de tanto verbo
A pessoa morre de fome
Depois de tanto verbo a pessoa morre
A pessoa morre
A pessoa morre de rir
Morre de frio
De fome
Depois de tanto verbo a pessoa morre

Vira pó
Seu suor
Vira sofá
Cadeira
Mesa de centro
Ou não vira nada
Vale nada
Vira vento
A todo momento
Alguém vira pó
Se vira pó só
Se vira pó só
Em todo mundo dá cupim,
Vira pó só
Tanto faz se é bom
Ou é ruim
Vira pó só
Vira pó só
Vira pó
O pé da mesa
E o dono da mesa
Vira pó só
Tanto faz se é bom ou é ruim
Dá cupim
Vira pó só
Seu suor
Solidifica
Vira pó

Um comentário:

Marise Rocha Morbach disse...

Quero ver o documentário sobre o Mautner; e não conheço o trabalho do Otto. E, a gente morre mesmo depois de tanto verbo....