Como muitos já devem saber, o ex-ditador argentino Jorge Videla, que comandou uma das gestões mais sanguinárias no país, morreu esta manhã na cela em que cumpria prisão perpétua por alguns de seus crimes julgados até então, desde 85 até 2012. Tinha 87 anos e teria morrido, segundo os noticiários locais, de causas naturais.
Como cheguei a comentar com uma amiga, sou ainda demasiada judaico-cristã para comemorar a morte de quem quer que seja. Mas, sim, festejei bastante uma das suas várias condenações. Sob o frio do inverno portenho de 2012, fui para as ruas aguardar mais uma das sentenças que não foram nada satisfatórias para ele. Isso, sim, é de se comemorar. Quando são condenados não só executores de crimes mas também seus mandantes são julgados e punidos, vale a pena comemorar. E muito!
Acho que a morte pode ser um prêmio, em muitas ocasiões, todavia. E que prêmio!
Por este fato marcante de hoje, optei por deixar aos leitores o depoimento de uma das integrantes da organização Mães da Praça de Maio, e que pode ser escutada no link.
Nora Cortiñas: “No festejamos la muerte, queremos la verdad y la justicia”
La integrante de Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora reflexionó en Nacional Rock sobre el fallecimiento del genocida Jorge Rafael Videla.
“No buscamos la venganza pero si queremos que se termine la impunidad de todos los genocidas que no hicieron vivir el horror durante la dictadura”, dijo Cortiñas en diálogo con Carla Conte.
Um comentário:
Bom dia Erika
Nao consigo ver com outros olhos.
Fiquei "triste" com a morte natural deste ditador. Mesmo crista (que Deus me perdoe) gostaria que ele tivesse vivido pelo menos um dia na pele de uma dessas maes e avos da praça de maio. Ou ainda na pele de muitas dessas crianças que foram privadas do amor dos pais verdadeiros.
Ele nao sofreu, que pena.
Desejo mais força e coragem para as familias dos desaparecidos, porque muitas questoes ficarao para sempre sem resposta.
Um bom domingo.
Andrea Queiroz Lopes
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