O longe é um lugar que não existe!
Atravessei-o ontem,
e a minha ponta é a de um seio,
e a minha ponte é o infinito.
Atravessei-o ontem
inverso ao teu receio,
(e não ouvi sequer um grito)
e hoje irei atravessá-lo aflito,
feito os olhos do Arqueiro e
os passos do proscrito.
Naquele dia a minha ponta
era um diamante, e aquele dia
o meu final previsto.
Maldito,
mal sabia que o longe é o infinito
por onde estou passando,
e que eu, infinitamente, não existo.
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