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Para encerrar, guardando os dedos para amanhã, comento a matéria principal do Jornal Pessoal, desta primeira quinzena de junho. Nela, Lúcio Flávio Pinto coloca o dilema trazido pela identidade indígena à implementação de Belo Monte. E, Lúcio Flávio Pinto vai tomando posição em relação aos fatos que envolvem Belo Monte. Eu te responderia, Lúcio: - Eu considero os direitos indígenas em primeiro lugar, e que as negociações deveriam respeitar desde sempre esta lógica em relação à Amazônia: respeitar as populações que aqui vivem e viviam. Sendo que, em relação às nações indígenas, seu direito é de 1600.....Não concebo mais que a fronteira, e as riquezas naturais, sejam os grandes motes do processo de desenvolvimento da região. Direitos primeiro. É a minha posição; e eu não estou na posição dilemática. Não aceito as consequências de Belo Monte sobre os territórios indígenas. A produção de energia de Belo Monte, para mim, é irracional. - "Eu não consigo entender sua lógica"- . Sou pelas milhares de pequenas hidrelétricas e das maiores em condições de execução muito menos complexas, do que a de Belo Monte. Para mim Belo Monte é a expressão acabada da megalomania nacional, e da ausência de auto-crítica da burocracia do Planejamento público brasileiro. É a expressão acabada da sociedade nacional unida no extermínio e subtração dos direitos das nações indígenas. Eu penso que o direito funda pactos necessários entre os homens e as mulheres. Entre as etnias e as terras. Entre a identidade e o direito......Enfim, sou, primeiro, pela manutenção dos direitos indígenas; os demais vem à reboque.
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Jornal Pessoal; Nº 538 - junho de 2013 - 1ª Quinzena - ano XXVI.5,00
Para encerrar, guardando os dedos para amanhã, comento a matéria principal do Jornal Pessoal, desta primeira quinzena de junho. Nela, Lúcio Flávio Pinto coloca o dilema trazido pela identidade indígena à implementação de Belo Monte. E, Lúcio Flávio Pinto vai tomando posição em relação aos fatos que envolvem Belo Monte. Eu te responderia, Lúcio: - Eu considero os direitos indígenas em primeiro lugar, e que as negociações deveriam respeitar desde sempre esta lógica em relação à Amazônia: respeitar as populações que aqui vivem e viviam. Sendo que, em relação às nações indígenas, seu direito é de 1600.....Não concebo mais que a fronteira, e as riquezas naturais, sejam os grandes motes do processo de desenvolvimento da região. Direitos primeiro. É a minha posição; e eu não estou na posição dilemática. Não aceito as consequências de Belo Monte sobre os territórios indígenas. A produção de energia de Belo Monte, para mim, é irracional. - "Eu não consigo entender sua lógica"- . Sou pelas milhares de pequenas hidrelétricas e das maiores em condições de execução muito menos complexas, do que a de Belo Monte. Para mim Belo Monte é a expressão acabada da megalomania nacional, e da ausência de auto-crítica da burocracia do Planejamento público brasileiro. É a expressão acabada da sociedade nacional unida no extermínio e subtração dos direitos das nações indígenas. Eu penso que o direito funda pactos necessários entre os homens e as mulheres. Entre as etnias e as terras. Entre a identidade e o direito......Enfim, sou, primeiro, pela manutenção dos direitos indígenas; os demais vem à reboque.
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Jornal Pessoal; Nº 538 - junho de 2013 - 1ª Quinzena - ano XXVI.5,00
4 comentários:
Aqui também já estava cansada, e seria uma injustiça dizer que o jornalista Lúcio Flávio Pinto não expõe o problema. De fato ele expõe longamente o dilema, e muito bem exposto, por sinal. Eu é que não aceito que Belo Monte passe ao nível de dilema da solução energética brasileira. Temos outras saídas, e Belo Monte já deve tempo demais para ser olhada no espelho como um ato tão irresponsável como foi a Transamazônica. Desculpe Lúcio Flávio Pinto, na primeira versão do post eu afirmava que você não queria mais discutir o problema, quando você o expõe amplamente.
Já "teve" tempo demais....
Marise. No JP que deverá ir às ruas na quinta há mais índios x Belo Monte. Já escrevo há muitos anos sobre uns e outro. Algumas certezas persistem, outras se dissolvem no ar, como tudo que é sólido. Continuo tentando entender e assumir a melhor posição ao meu alcance. Nunca deixei de fazer uma coisa e outra. Se consegui ou não, deixo a sentença aos meus leitores - como você. Um abraço, Lúcio Flávio Pinto
Outro Lúcio, você tem nos deixado preciosas reflexões. Eu é que agradeço!
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