sexta-feira, 18 de abril de 2014

Cesta: Carta para uma estrada

Uma estrada fica deserta por um motivo: solidão. Esta por onde ando, agora, está abandonada. Samaumeiras, Açaizeiros e Coqueiros estão em silencio de estátua; Bem-te-vis não entoam silvos; Japiins não esvoaçam. É uma estrada sem rumo e sem asfalto dentro de um Malaquias a esmo, na rota do mar do Caribe.
Li, ontem, no "El Universo": Gabo, criador de Malaquias, esvaiu-se pelas próprias linfas.
Desde Zipaquirá ouço vozes; desde Cartagena leio coisas do realismo ilusório. Desde Macondo vivo sonhando com"buenos dias".
Essa estrada pensa que Malaquias e Eu-enfraseador, homens de tantos descaminhos, não sofrem, sem ônus, de solidão.
Ilusão...

Ass: Labareda, do bando de Corisco, hoje na pele de Malaquias.

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