quinta-feira, 15 de maio de 2014

Cesta do enfraseamento: Marajó-açu

É quando de vez surte o vento norte em nota de jazz:
Matapi, Mazagão Velho e zumbido de maré, do lado de cá,
-Defronte de mim-
Guamá, Guajará e uma goelada d’água, do lado de lá
-Donde a retina se perde detrás das pontas de terra-
tudo num acorde só: Mar-ajó-açu.
Daí vem o silêncio azul das paragens,
Em montaria de saudade,
e todo o rio do Abel,
a dois metros de mim,
toca meus pés no céu do fundo: Amazonas
e os pés se molham nessa solidão de rio-açu sem a segunda margem 
Na próxima encarnação eu nunca mais vou querer me separar de nós, 
Amapá...

Labareda, do bando de Corisco

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