A Rede Globo já fez opções partidárias em outros momentos. Nada contra, aliás, desde que tudo fosse absolutamente visível ao expectador. Deveria alegar algo, que os médicos estão sendo chamados a fazer agora, quando tem algum trabalho de pesquisa patrocinado pela indústria farmacêutica: declarar "conflito de interesses", para que a assistência possa executar os filtros de análise convenientes. Mas isto é uma ficção na mídia. Obriga o leitor/expectador a buscar variadas fontes para enfim firmar sua opinião. Isto se de fato desejar um posicionamento responsável, como alguns dizem fazer.
Será que subitamente mudou de atitude na atual campanha presidencial? Óbvio que não. E é exatamente isso que o Observatório de Imprensa publica hoje em matéria intitulada JN e Alckmin: assim é, se lhe parece.
O que o JN produziu foi bom jornalismo, dirão alguns. Cumpriu com excelência o papel de fiscalizar os poderes públicos e não encobrir as mazelas da administração federal. Será isso mesmo ou o que foi ao ar não passa de pura propaganda ideológica em favor da candidatura Alckmin na reta final da campanha? A imensa malha rodoviária estava melhor em 1998, quando FHC se lançou candidato à reeleição? Aliás, como a Globo e outros veículos enquadraram os problemas do país àquela época?
A Pará-Maranhão está abandonada há vários anos e os paraenses que costumam viajar de carro sabem muito bem disso. O resto, não preciso executar nenhum esforço extraordinário de raciocínio para responder.
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