terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Eh! Foi mal...

Comentando no estilo "ferir a própria carne", o jornalista Carlos Brickmann do Observatório de Imprensa, analisa no artigo Palavra que fere, palavra que mata a mais recente "ratada" da chamada grande imprensa brasileira: o caso da mãe acusada pela polícia e pela imprensa de ter supostamente matado sua filha com uma mamadeira recheada de cocaína. "Fato" que depois não se comprovou. O que não impediu que, a agora vítima, fosse espancada no período em que permaneceu na cadeia. Sobre isso, na grande imprensa predomina o silêncio ou no mínimo a falta de respeito com o cidadão, onde grandes portais da internet, chegaram ao displante de editar as manchetes, antes postadas com grande destaque.

Afirma Brickmann:

Para nós, jornalistas, que vergonha!

O mesmo Brickmann, no dia 5 de dezembro, publicava artigo intitulado A imprensa julga e condena, onde comentava histórias semelhantes as que analisa hoje. Uma delas, sob o título A história da moça, é simplesmente inacreditável. Leiam também e acreditem. É realmente incrível!

Tudo isso é emblemático de uma atividade que enfrenta problemas de credibilidade aqui ou alhures. Mas alhures, digamos, as coisas aparentam ser menos epidêmicas do que aqui. Embora não menos perniciosas ou virulentas.

3 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Se me permitem o jabá, nobre tríade de esculápios blogueiros, estou publicando uma série de posts sobre erros judiciários brasileiros. Já publiquei dois, sendo um deles o da Escola Base, considerado o maior exemplo da sandice da imprensa brasileiro. O caso aqui comentado segue na mesma linha. Ficarei feliz com uma visitinha, comentários e sugestões de outros casos de erros, que eu possa investigar e publicar.

Carlos Barretto  disse...

"Nobre tríade de esculápios blogueiros" é muito engraçado, Yúdice.
Mas os esculápios, espero, vão até lá ver a sua série.
Abs

Itajaí disse...

Yúdice, todas as vezes que penso nessa história da Escola Base de São Paulo, tremo de indignação e raiva. A mídia destroçou a vida dos donos daquela escola, com base em notícias absolutamente infundadas sobre abusos sexuais contra crianças. E não foi o Notícias Populares, acusado sempre de ser imprensa marrom. Foi a "elegante" Folha de São Paulo, por exemplo.