A revista Entrelivros de dezembro vem com matéria especial relacionando os cinqüenta personagens que seriam a cara do Brasil. No dossiê de 60 páginas desfilam criações consideradas emblemáticas na literatura brasileira. Divididos em tópicos como Românticos, Machadianos, Realistas, Nacionalistas, Detetives, Mulheres Transgressoras, por exemplo, entramos em contato com personagens conhecidas como Capitu & Bentinho, Iracema, a Velhinha de Taubaté, Gabriela,; pouco conhecidas como Policarpo Quaresma, Malagueta, Perus e Bacanaço, Macabea; e deconhecidas como Naziazeno, Gaetaninho, Espinosa, etc.
Como toda lista, a da revista tem suas falhas, também, o que é admitido logo no início:
Listas são problemáticas. Por definição. Pela própria natureza. Por limitarem arbitrariamente o universo em foco. Aí residem a perdição inelutável e a eventual graça das listas. (...)
O tamanho da lista é fundamental: muito magra, não vai além do obvio; muito gorda, vira catálogo. (...)
Como definir quem entra e quem sai? As preferências, no fundo, são sempre pessoais”.
Apesar de haver um tópico Gente do norte, neste temos apenas o Galvez, criação de Márcio Souza; os gêmeos de Dois irmãos, criados por Milton Hatoun, figuram na sessão Contemporâneos. Mesmo com todas as falhas previsíveis é matéria para ser conhecida e lida, assim como a revista como um todo. Aproveitando a deixa das falhas de qualquer lista, pensando nos escritores paraenses de cara lembro o Cabra-da-peste, de Benedicto Monteiro e Alfredo, do ciclo marajoara de Dalcídio Jurandir. Alguém teria mais sugestões? E mais: teríamos, realmente, grandes personagens na literatura feita pelas nossas bandas?
Gui
Um comentário:
Do que me lembro, temos o Paulo Chaves, do ciclo Almiriano, de Belém. A Fafá de Belém, do ciclo Papal. O Rominho, do ciclo Liberal.
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