Confirmando a nota publicada no Quinta Emenda no post Mistura Fina, o Diário Online acaba de publicar a notícia completa sobre a desagradável ocorrência que acabou mais uma vez nas seccionais policiais.
Pelo jeito, os médicos das emergências de Belém, terão cada vez menos motivos para se sentirem estimulados a trabalhar em tão importantes serviços. E o empresário citado na reportagem, não é o único a protagonizar este tipo de atitude nas salas de emergência.
Muitos, amparados em suposta notoriedade e/ou poder econômico, acreditam que tal fato é o suficiente para que os profissionais larguem de imediato o atendimento que estão fazendo em outros pacientes verdadeiramente graves, (sob a ótica estritamente profissional que só cabe aos médicos avaliar e por isto são frequentemente responsabilizados caso deixem de fazê-lo), para atender seus "quereres".
A idéia de colocar câmeras de monitoramento, a exemplo do que ocorre nos EUA, é interessante para proteger médicos e pacientes, nesta já tão atribulada área de atendimento. E deveria de imediato ser adotada, caso não existam restrições legais ou éticas.
10 comentários:
Segundo pude ler no relato publicado no Diário também foi bastante provinciana a atitude do tal médico.
Nada condizente com a postura que se espera desse tipo de profissional, principalmente em se tratando de atendimentos em pronto-socorro.
Garantir a ordem e segurança não me parecem exatamente as atribuições principais do médico. É um despropósito que o médico venha a provocar verbalmente uma pessoa (seja quem for) que está em pedindo ajuda, independente da forma como ela se comporta. Pior ainda é trocar ofensas e agressões físicas.
Depois como se não bastasse assumir uma postura de valentão, colocando o desordeiro pra correr. Por favor!
Já que os senhores estão fazendo comparações com EU (supostamente um local melhor do que aqui), acredito que se ocorrido tivesse acontecendo na terra do Tio Sam:
1- Ajuda para a segurança do estabelecimento seria imediatamente solcicitada;
2- A polícia seria imediatamente acionada;
3- O médico provavelmente não seria um dos protagonistas da confusão (até mesmo por receio de um processo contra ele e contra a instituição);
Sabia que logo iria aparecer alguém para fazer este tipo de comentário. Tomei o cuidado de observar que as câmeras de segurança serviriam para esclarecer quem de fato teria tido a conduta imprópria no fato. Repetindo o que foi escrito, "para proteger médicos e pacientes nesta já tão atribulada área de atendimento".
Neste caso, os supostos detentores de poder econômico e/ou mau caráter, estariam enquadrados.
Nos EUA, meu amigo, alguns já estariam há muito tempo na cadeia. Seja por má prática médica ou por reles sonegação fiscal. Nem é bom citar as chamadas condutas anti-sociais. Ou mesmo doentias. Estes, já estariam sob tratamento adequado. Na lei ou por livre e espontânea vontade.
Em uma terra como esta, em que as penas do galo é que definem quem canta mais alto, as câmeras são essenciais, porém insuficientes. É preciso que as pessoas - médicos, atendentes, outros pacientes, etc. - se convençam de que não precisam baixar a cabeça para os "poderosos". Só há uma coisa que pode derrotar essa canalha: a certeza de que se darão mal. Se as autoridades são coniventes, então resta às vítimas em geral a reação.
PS - Acho pertinente a crítica ao comportamento do médico, porém me pergunto: não terá ele agido dessa forma por já conhecer a folha corrida do doidinho? Não se teria armado, para proteger-se do pior?
Apesar de concordar com vc, não posso deixar de suspeitar também da conduta do médico, tendo em vista que até o momento, nos chega apenas uma versão. E existem médicos que infelizmente não possuem condutas adequadas em alguns momentos, bem como alguns pacientes. Daí porque me posicionei a favor de algum elemento que registrasse o momento do "atendimento".
Doidinhos existem em todo lugar e em variados ambientes de trabalho e o médico não poderia deixar-se igualmente vulnerável, tomando iniciativas questionáveis. Precisamos registrar isso de alguma maneira.
Gostaria de saber, a exemplo do Quinta, quais foram as providências do médico e da UNIMED.
Ao que apurei, até agora, o BO 003/2007 teria sido registrado - pasmem - pelo marginal travestido de segurança que acompanhava o celerado.
O médico envolvido no episódio não estaria disposto a se mexer.
O plano de saúde, até agora,faz cara de paisagem.
E se o delegado encarregado do inquérito não requisitar as fitas do circuito interno, como é o desejo dos agredidos e exigência mínima da função de quem recebe dinheiro público para elucidar crimes,a patuscada safada tem tudo prá morrer por aqui.
Uma indecência a espera das promessas do novo governo em mudar a cara da segurança e da ordem no estado.
O Quinta vai aguardar o desenrolar dos acontecimentos e cobrar.
Enquanto um contumaz desatinado agressor dessa laia for maior que os poderes constituídos, este estado continuará perdido.
Mais uma pergunta, será que as câmeras seriam suficientes para mudar esse estado de coisas?
Além da questão óbvia da invasão da privacidade das pessoas, estes registros seriam suficientes para conduzir-nos a alguma conseqüência mais séria contra esses já conhecidos arruaceiros? Mesmo sabendo que estão "blindados" pelo poder político e econômico?
Eu duvido muito, afinal estamos em terra onde até governo popular, recém eleito, nomeia como secretário de estado delinqüente de luxo. Preso pela polícia federal em sua própria residência com posse ilegal de arma de fogo e alta soma em dinheiro, acusado de improbidade administrativa e desvio de dinheiro público.
Se algum dia fossem escrever biografias de determinadas pessoas daqui ( áulicos existem muitos, nunca se sabe), muito passaria pelos vários atendimentos de emergencia que alguns desses cidadãos frequentemente requisitam. E não necessariamente devido à problemas de saúde. Ou os distúrbios de conduta secundários a determinados estímulos poderiam ser considerados como tal?
Se algum dia fossem escrever biografias de determinadas pessoas daqui ( áulicos existem muitos, nunca se sabe), muito passaria pelos vários atendimentos de emergencia que alguns desses cidadãos frequentemente requisitam. E não necessariamente devido à problemas de saúde. Ou os distúrbios de conduta secundários a determinados estímulos poderiam ser considerados como tal?
Como eu imaginava, o BO foi exatamente de quem eu esperava. Parece até que já tem alguma rotina ou procedimento orientado previamente por advogados para fazer frente a desatinos noturnos.
parece...!? :-)
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